sexta-feira, dezembro 07, 2007

sábado, setembro 15, 2007

Tenho Sede
"Minha garganta pede um pouco d´água e os meus olhos pedem o teu olhar"
(Gilberto Gil)
Beduínas estão acostumados com falta d´água.
Contudo, jamais se acostumam a falta de olhar. Afinal, são seus olhos que falam. Só olhos para se mostrar.

domingo, agosto 19, 2007

Fundo falso

A sensação é a mesma. Tudo parece estar igual, mas dá pra sentir que algo se foi pelo fundo falso de um bolso que se quer lembrava que existia.

domingo, julho 29, 2007

Sras e Srs, ele põe os olhos grandes sobre mim

Tô bolhuda. Um alien se instalou entre meu nariz e meu olho esquerdo. Está horrível.
Cheguei hoje de um lugar frio para outro mais frio ainda. Brasil ganhou 54 medalhas de ouro no Pan pan pan pan...
O e-mail que poderia e deveria definir meu semestre: voltou.
Minha caixa está lotada: de spam!

É isso... vou ali me enforcar, tomar suco de cenoura e ouvir Tropicália. Nessa ordem. Como sempre.

Cenoura faz bem pra vista.

quinta-feira, julho 19, 2007

Observe o mundo de um jeito diferente, observe de um jeito seu.

A frase título desse post foi feita por um garoto de 10 anos. Um garoto que tem me ajudado a ver o mundo de um jeito meu, um jeito diferente.

Tem um outro garoto que tem me ajudado nisso também. Ele tem mais que dez anos, porém outro dia ouvi que ele parece ser muito muito muito mais novo que eu. Se é assim, alguém muito muito muito mais novo que eu deve também estar na pré-adolescência, afinal, eu tenho 30 anos.
Sim, agora sim eu cheguei aos 30, na época em que escrevi as histórias da Virgínia, eu tinha 27 aninhos.
Cheguei aos 30 com o olhar de uma criança ajudada pelo olhar de dois garotos.
Acordei apaixonada sem sentido aparente. Do jeito que eu gosto, do meu jeito. Minhas paixões residem nas coisas que não são passíveis de fazer ou ter sentido. Residem no silêncio, no ritmo, no ponto e vírgula e nas entrelinhas de uma escrita poética.
Tirei minha lancheira do armário, coloquei chocolate e suco de laranja.
Se quiser repartir o lanche comigo, procure-me aqui, na hora do recreio. Não tenha receio. Eu vou adorar!


PS - Turmalina, pra você guardei uma maçã.

domingo, julho 15, 2007

Lá vou eu de novo como um tolo...

Conversar com os antepassados e lembrar das vidas passadas já mortas: filme de terror, centro espírita ou necessário para seguir em frente? Sei lá, só sei que essa semana foi um recordar é viver de embrulho estomacal, porém feliz. Exceto por ter redescoberto que meu falar tudo com tudo é considerado nada com nada, ainda que eu seja mais compreensível que o resto do mundo.
Compreensível e compreensiva. Apreensiva também.

Acho que era isso que eu queria vomitar após o almoço de domingo. Agora é hora do papel de bala dançando ao ritmo do vento sobre a rua deserta.
Vou ali me embebedar de paisagem urbana: o quadro chamado Solidão que eu mais gosto.

domingo, junho 17, 2007

Desta hora tenho medo


"É a hora do descanso,
mas o descanso vem tarde,
o corpo não pede sono, depois de tanto rodar;
pede paz-morte-mergulho no poço mais ermo e quedo;
desta hora tenho medo"
(Anoitecer - Carlos Drummond de Andrade)

Dias difíceis. Eles sempre estão me rondando. Basta ler esse blog que encontrará dias difíceis. Encontrará o mesmo problema nos pontos baixos da montanha russa que meu barquinho insistiu em deslizar. Não, jamais iria ao macio azul do mar, tão simples e fácil como letra de bossa-nova. Meu barquinho gosta de melodia: quer jazz e compassos desmedidos.
Não me respeita. Vai sozinho à montanha russa e escolhe a noite para na descida me faz gritar sozinha.
Vai sozinho pra me deixar sozinha.
Desta hora tenho medo.

sexta-feira, maio 25, 2007

O medo de Narciso

O medo de Narciso não é o espelho
Sua busca é seu contrário
turvas imagens
de seus deuses refletidas
em lagos ocasionais

É em suas divinas criações que experimenta
a beleza
Seu oposto o extasia e o mantém
estagnado na fantasia
de jamais ver o que é
apenas o que reflete ser

O medo de Narciso
é o substantivo amor de Eco
a bela ninfa das últimas sílabas

Amor que ecoa em abismos concretos
íntimos, possíveis... reais

Amor contrário ao contrário de Narciso
que se realiza em impossibilidades
e mora no Angus que sustenta seus pés

O medo de Narciso é o convite a olhar
mais vezes
a fechar os olhos e encontrar seus olhos
enxergar-se sem imagem
sem contrário
deixar a angústia e mergulhar
em seu abismo sem eco
ouvir somente sua verdade
seu produto
o som infinito
de seu silêncio.

Acho que voltei, mas só acho...

Deu vontade de escrever hoje. Pode ser só hoje.
Fez um ano desde a última vez. Muitas coisas aconteceram, muitas coisas mudaram, porém outras continuam me assombrando de maneira integral. Uma delas é minha insônia. Estou aqui, novamente, numa madrugada fria, tentando escrever algo e jogar na rede... minha garrafa que poderá nunca ser aberta.

Não vou me estender agora, porque tá frio e meus dedos dóem. Espero voltar em breve, caros amigos.

Beijos para Kilvia que me escreveu perguntando de mim.
Beijos para tia Turmalina também, que não sei se passa aqui, mas também me escreveu pedindo para eu voltar.
Ofereço esse post aos Beatles.