Uma campanha inspirada na minha faculdade
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Campanha
O filho do Ringo toca bateria.
O Sean Lennon também faz parte do cenário musical.
O filho do Paul toca guitarra, mas quem toca guitarra toca baixo.
O George tem filho? toca algo?
Se tiver, vamos fazer o que fizeram com a Elis Regina e lançar uma banda que não se chamará Beatles, mas que é igualzinha aos caras?
Afinal, já disse Paul que não se pode requentar um suflê, sobre a volta dos Beatles, mas cloná-lo até que é uma idéia, não acham?
Para a noite desse dia que eu reservei para amar
Amar!
(Florbela Espanca)
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente..
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Hum...
Menino Experimental, me chama de Lucíola, me faz sua Senhora! Me mostra o Tronco do Ipê!
Me diz assim: "Vem, gazela, eu quero ver sua pata".
Eu quero despontar no céu Fluminense, como Aurélia e entregar-me numa doce escravidão.
Outono
José Miguel Wisnick
Os soluços longos dos violões do outono
Ferem meu coração com um langor monótono
Chega de verão outros tons no chão é quando
Vão os sonhos vãos no coração desfolhando
Vem meu bem ficar assim
Vem colher amor em mim
Um no outro até morrer
A tarde de prazer
O dia não ter fim
Os soluços dos violões do outono
Enchem todo meu coração de dor e abandono
Chega de verão tudo agora é sombra e sonho
E os sonhos vãos no coração desfolhando
Vem meu bem ficar assim
Vem gozar o amor em mim
Um no outro até morrer
A tarde de prazer
O dia não ter fim.
Justificativa para minha vida
Sou uma pessoa que, apesar dos 26 anos quase 27, não vive no mundo adulto normal padrão. Fazer o quê? Não saí da adolescência... sou poeta, pelo menos no que diz respeito ao modo de vida e viver de poesia...
quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência
vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito
vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito
então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência
(Paulo Leminski)
Soneto
Na estante guardava o retrato em branco e preto
Na orelha de um livro e no meio da estrada
Mas à coleção ainda faltava um detalhe, quase nada
Alguns versos derradeiros para formar o soneto.
Debrucei-me nas palavras sem achá-las de momento
Substantivos, adjetivos: as frases saiam forçadas
Faziam-se complicadas, fugiam-me entre os dedos
Tombavam pela boca e no ar encontravam-se paradas.
Tentei roubá-las num assalto vão à Possibilidades
Pegar emprestado as de Carlos Drummond de Andrade
Retornei à renascença e apelei a Camões e Petrarca
Nenhuma resposta obtive nem nas formas arcaicas
Nas cantigas ou sonetos só o amor que tive
Hoje meu amor reside em cantos de amizade.
Tá lindo
Pós-Gay de cara nova. Está lindo!
O blog, porque o autor É lindo!
(Nossa, me sinto tão Caetano após esse post. )
É...
Sabem o que é pior do que uma sexta à noite em casa?
É gostar disso, apesar de ter perdido o costume de passar as sextas em casa.
Sabem o que é pior do que gostar de ficar em casa?
É você perceber que gosta, porque tudo que faça te faz ter a mesma sensação de estar em casa. Ou seja, baixou a sensação de mesma coisa de novo... ô droga!
Preciso urgentemente de algo novo, da famosa "beleza que me arrebate".
Amigos, Saudades e Luar
Em um dos momentos mais difíceis da minha vida, um amigo especial me fazia esquecer do mundo recitando poesias.
Em um dos momentos mais difíceis da minha vida, um outro amigo especial passou quatro dias em São Paulo e me ajudou a não virar pedra de vez, como não dava pra fazer como Macunaíma e ser estrela, voltei a ser "Luar"
O amigo que recitava poemas foi pra Belém. O amigo que me fez voltar a ser "Luar", voltou para Porto Alegre.
Hoje, vou trocar e colocar a foto de um Luar, tirada por quem me recitava poesias e colocar um poema que o amigo que me chama de Luar me mandou, dizendo que se parece comigo:
Soneto do Orfeu
Vinicius de Moraes
São demais os perigos dessa vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar, que atua desvairado
Vem unir-se uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher
Uma mulher que é feita de música
Luar e sentimento, e que a vida
Não quer, de tão perfeita
Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento,
Tão cheia de pudor que vive nua.
Saudades Edu.
Saudades, Émerson.
Muitas.
Até que a próxima novela nos separe
O congresso nacional sensibilizado e indignado com os maltratos de Dóris para com seus avós, votou, finalmente, o Estatuto do Idoso, submetendo sob regime de pena todo neto, ou filho, que siga o exemplo da moça odiadora das cabeças de cotonete que tanto eu quanto a Fulana amamos.
Segundo as minhas fontes infiltradas em Brasília, o próximo passo do nosso tão estimado congresso será votar o projeto da então deputada, agora prefeita, Marta Suplicy, não mais Suplicy. Contudo, o projeto será um pouco alterado, permitindo a união civil de pessoas do mesmo sexo, desde que sejam do sexo feminino. (A novela não colocou um casal masculino, então ainda não pode).
Não parando por aí, na pauta também está tentar resolver o problema dos trangênicos através das novelas, e ao que parece, já que Maneco não colocou nenhuma mulher apaixonada comendo soja trangênica, mesmo que alguns grupos de esquerda tenham feito um abaixo-assinado para que a causa dos problemas mentais da ciumenta passional fosse esse, a solução foi encomendar à Glória Perez uma novela que se chamará "Trangênico", aproveitando o sucesso de "O Clone". Já estão em negociações com Michael Jackson para que ele faça uma participação especial como o primeiro ser-humano a ser geneticamente modificado.
É, Drummond...
É, meu velho, vai chegando seu aniversário e você vai colocando as manguinhas de fora. O que será dessa vez? Vai soltar a bruxa como no seu centenário me fazendo sentir completamente só?
Quem vai embora dessa vez? A quem vou ter que pedir em vão para que não se afaste, não se afaste muito?
.
E agora, Drummond, o que me aguarda?
Será que mandou "A Bruxa" me assombrar como castigo por ter feito, no ano passado, essa brincadeira com seu poema:
E agora, Maria?
O Salto quebrou,
O cartão de crédito estourou,
O povo sumiu,
A meia desfiou.
E agora, Maria?
E agora, Você?
Que tem mil sobrenomes,
Que esnoba os outros,
Mas não paga o que deve,
não ama, não pensa.
E agora, Maria?
Está sem celular,
Está sem dinheiro,
Está sem seu carro,
já não pode beber,
já não pode cheirar,
unzinho já não pode,
a noite esfriou,
seu casaco furou,
o dia não veio,
o táxi não parou.
Não veio a carona,
e a escova desmontou,
E agora, Maria?
Sua lipo,
Sua unha,
Seus remédios pra emagrecer,
Seu guarda-roupa não renovado,
Sua intolerância,
Seu parque de diversões - e agora?
Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Mas tá bêbada demais.
Quer ir a Maresias,
Mas ninguém te convidou.
Quer ir ao Shopping,
Mas o Shopping já fechou.
Maria, e agora?
Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você dançasse
A dança do Tigrão,
Se você dormisse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é uma instituição, Maria!
Sozinha no escuro,
qual caçador à caça
do próximo idiota,
Que pague suas contas,
Que a ofereça uma capa de revista
Pra aparecer nua,
Você espera, Maria.
Maria, o quê?
Juro que não acabo com seus poemas, nunca mais, meu velho. Foi só uma brincadeirinha inocente. Desculpa. Manda a bruxa sair daqui, vai... Sempre fomos tão amigos...