segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Romeu e Julieta religioso, amores num quarto de hotel e cowboys gays.


Janeiro foi um mês cinematográfico. Telas, janelas e páginas. Destaque para esses três filmes, não por serem os melhores, mas porque são de diretores, no mínimo, interessantes:

"Apenas um beijo" - Ken Loach. Uma católica Irlandesa e um Paquistanês islâmico. Um romance folhetinesco, com algumas cenas que as novelas da Globo fariam melhor. A personagem da irmã do paquistanês era, sem dúvida, a mais forte e mais interessante. Mal aproveitada, infelizmente. Ainda que a escolha do diretor em falar dos homens, raramente retratados quando o assunto é islamismo, seja muito boa, ele não conseguiu fazê-lo de forma interessante, deixando muito a desejar. Um filme muito aquém da maioria dos filmes do diretor.
Achei a crítica da revista contra campo bem legal. Quem assina é Ruy Gardnier.
Confiram!

"2046" - Wong Kar-wai. Bom, eu gosto muito do diretor, acho seus filmes, ainda que repetitivos em alguns aspectos, lindos. "2046", na minha opinião, não é o melhor do diretor. Há sim uma sensação de "mesma coisa", afinal, a idéia é mais ou menos essa, pois se trata de lembranças de amores antigos. Mas é muito bonito. É a busca pelo belo, sempre presente nos filmes de Kar-wai, que me faz gostar dele. Sim, um estilista, mas não no sentido pejorativo que algumas pessoas gostam de usar a palavra. Um estilista no sentido de dar o seu toque pessoal, de reconhecermos quem assina por causa da forma com que lida com a imagem e como une o audio e o visual para alcançar a beleza. No blogue mondo paura rolou uma discussão interesante sobre o filme e o diretor, brilhantemente defendido pelo autor. Vale procurar nos arquivos e dar uma bisbilhotada. Vale ler as outras coisas de lá, pois são legais.

" O Segredo de BrokeBack Mountain" - Ang Lee. Sobre esse, não vou me estender muito, por dois motivos: o primeiro é que eu precisaria ver de novo, livre das expectativas que me levaram ao cinema e me fizeram desejar mais do filme, já que fui envolvida por entusiastas do tema. (Fiz Letras, vocês sabem como é...)
Já o segundo motivo, é que eu li a crítica feita por Cristian Verardi, um grande amigo meu, que realmente entende cinema e eu acho que ele já falou tudo que eu poderia falar. Tanto que a crítica é tão delicada quanto o filme. O que eu estranhei, afinal, estou acostumada com o Cris falando sobre zumbis, cinema trash, gore e coisas do gênero. O único problema é que o site não abre um link específico para a coluna. Você tem que entrar em Qual é a Boa e ir para a parte de colunistas no canto esquerdo da página e depois clicar no nome dele, ou na foto do careca de olhos azuis com a aparência de um terno zumbi.


Por hoje é só.
Ah, eu prometi mudar o layout e consegui! Uma decisão de ano novo a menos! Agora falta atualizar os links ali do lado. Faço isso ainda essa semana.

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