Quem quer votar para prefeito?
Geraldo Alckmin, Kassab, Paulo Maluf e Marta (ex) Suplicy - nosso museu de grandes novidades, ganhou uma possível novidade: Erundina vice da Marta.
Erundina foi, sem dúvida, a melhor prefeita de São Paulo. Claro que, também, eram outros tempos e havia uma coisa linda envolvendo as pessoas, uma vontade de transformação que até eu, apesar de muito criança, sentia no ar. Todos os segmentos sociais unidos pelo desejo de desconstruir toda estrutura deixada pela ditadura.
A estrutura foi desconstruída, todos que queríamos ver no poder, naquela época, estão lá... queiramos ou não admitir, mas eles estão lá... Desde os sindicatos até a presidência da república.
Só que não se construiu absolutamente nada, porque ninguém soube lidar com algo que não se podia eliminar: as pessoas que faziam parte dessas estruturas. Ninguém quis lidar com a diferença, ou tentaram ignorá-las ou, qando não dava pra ignorar, compravam-nas, fazendo a mesma coisa das quais criticavam, com a desculpa de que a intenção valia. Os fins justificaram os meios e a gente só presenciou uma mudança de lado, não de atitudes.
Não fizeram as regras, mas jogaram buscando somente a vitória. Ganharam. Mas perdemos. O desejo, a coisa linda que qualquer criança podia sentir no ar...
Sinto vergonha de dizer isso, num país que passou quase a minha idade de vida, numa ditadura, sem poder exercer o direito de votar, mas o fato é que eu não tenho a mínima vontade de fazer isso e já tem um bom tempo...
Você quer exercer seu direito cívico nessas eleições municipais?
Erundina foi, sem dúvida, a melhor prefeita de São Paulo. Claro que, também, eram outros tempos e havia uma coisa linda envolvendo as pessoas, uma vontade de transformação que até eu, apesar de muito criança, sentia no ar. Todos os segmentos sociais unidos pelo desejo de desconstruir toda estrutura deixada pela ditadura.
A estrutura foi desconstruída, todos que queríamos ver no poder, naquela época, estão lá... queiramos ou não admitir, mas eles estão lá... Desde os sindicatos até a presidência da república.
Só que não se construiu absolutamente nada, porque ninguém soube lidar com algo que não se podia eliminar: as pessoas que faziam parte dessas estruturas. Ninguém quis lidar com a diferença, ou tentaram ignorá-las ou, qando não dava pra ignorar, compravam-nas, fazendo a mesma coisa das quais criticavam, com a desculpa de que a intenção valia. Os fins justificaram os meios e a gente só presenciou uma mudança de lado, não de atitudes.
Não fizeram as regras, mas jogaram buscando somente a vitória. Ganharam. Mas perdemos. O desejo, a coisa linda que qualquer criança podia sentir no ar...
Sinto vergonha de dizer isso, num país que passou quase a minha idade de vida, numa ditadura, sem poder exercer o direito de votar, mas o fato é que eu não tenho a mínima vontade de fazer isso e já tem um bom tempo...
Você quer exercer seu direito cívico nessas eleições municipais?
3 comentários:
não, não tenho toda essa esperança .Votar não é um direito ,
é uma obrigação.
jica
Nice!
Tudo bem? Ou quase tudo bem?
Percebi que voce tem feito um cross-over entre os universos bloguísticos, tecendo comentários também no blog do Salão Carioca.
Aproveitei inclusive um comentário seu para tentar lançar uma discussão sobre a pronunciada ausência de mulheres desenhistas de humor.
Obrigado pelo comentário e vamos ver se as pessoas - e principalmente mulheres - respondem.
É algo intrigante mesmo.
abraços,
ricky
Nice!
Tudo bem? Ou quase tudo bem?
Percebi que voce tem feito um cross-over entre os universos bloguísticos, tecendo comentários também no blog do Salão Carioca.
Aproveitei inclusive um comentário seu para tentar lançar uma discussão sobre a pronunciada ausência de mulheres desenhistas de humor.
Obrigado pelo comentário e vamos ver se as pessoas - e principalmente mulheres - respondem.
É algo intrigante mesmo.
abraços,
ricky
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