domingo, agosto 31, 2003

Desencontro


Ei, Fulana, topa marcar um desencontro da próxima vez?
Quem sabe assim dá certo...

Again - post repetido.


Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança e não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar

Quem sabe eu inda tenho uma pontinha....

sábado, agosto 30, 2003

VMB

-ô dos velso, isso aí foi terça-feira e todo mundo já falou sobre...

Eu sei que foi terça, mas eu estudo à noite e só vi hoje, na reprise.
Mas não é nem sobre os prêmios que eu quero falar, muito menos do Caetano barbado. Aliás, isso me lembra que uma vez tomei uma breja com um dos caras dos Los Hermanos, isso aconteceu no século passado, e eles faziam sucesso com Ana Júlia. O moço chegou na mesa, sentou e a gente comentou: "já vi esse cara em algum lugar". Reconheci e disse: "Cara, Ana Júlia é muito chato!" - ele riu e disse: "também não aguento mais ouvir e cantar essa música".

Mas isso também não é o que eu quero falar. O que me indignou foi o beijo da Sônia Braga no Júnior! A semana inteira eu liguei a TV e vi chamadas: Sônia Braga beija Júnior. Entro na Internet e só dá banners com foto dos dois e manchetes sobre o beijo. Quando eu vou ver, era só um selinho! Porra, a Hebe Camargo faz isso toda semana em uma porrada de gente.
Ah, se eu fosse o Júnior lascava um beijão na Sônia Braga e eles iam ver o que é polêmica. Pô, a Gabriela Flor do Agreste e do Lotação fez uma plástica que a deixou com a mesma cara de anos atrás. Não está tão gostosa como naquela época, mas ainda merece um beijo dado decentemente.

E por falar em merecedores de beijos, outro que merecia é o Nando Reis. Ele é esquisitinho, parece um dos auto-retratos do Van Gogh, um homem um tanto avermelhado, mas tudo isso lhe dá um certo charme, sem falar no sorriso. Eu beijaria aquele sorriso... Achei bacana a atitude dele quando a menina que estava do meu lado naquele pocket show (que eu não deveria ter ido), tentava tirar uma foto e ele percebendo posou pra ela. Detalhe: era um pocket show, num pocket place, como eu disse, e a garota estava na varanda, só conseguindo vê-lo pela porta de vidro que se encontrava fechada. Por isso achei bacana.

Amanhã!

Amanhã vou conhecer minha amiga de infância!

Pena que a outra amiguinha de infância não vai e o trio de efeitos: "Fulana Gauche", "Ciclana Sinistra" e "Beltrana Links" não estará completo. Mas já chamei outra "esquerda" para participar, a Srta Rosa Julieta nos fará companhia na maratona de copos.


Humpft!

Hum...

Acho que vou entrar para essa associação.
Não me encaixo na primeira condição e nem na terceira, pois não estou amando ninguém no momento e nunca fico amiga de quem estou interessada, afinal, quando eu fico interessada em alguém, gaguejo perto da pessoa, falo um monte de idiotices e mais pareço uma retardada.
Contudo, o fundador dessa associação disse que vai ter leitura de poemas do Drummond. (O lance de chorar embaixo da pia eu não gostei muito não, a pia aqui de casa tá com vazamento...)

Semestre de compositores

Esse semestre estou fazendo aulas com dois compositores. Como não estou fazendo muitas matérias, 50% das minhas aulas na faculdade têm cara de Caetano Veloso (o Wisnick tem um jeito Caetano de ser... é impressionante, pensava que só cantando era parecido), e de Ná Ozzetti (tá, o Tatit não parece com ela, mas eu gosto das músicas dele cantadas por ela. O Ney gravou uma e ficou legal também).

Os caras são bons, mandam bem nas letras (trocadilho infame!).

Mas sabe? O que eu queria mesmo era ter aula prática de educação sexual com Chico Buarque... porém já diria dona Fulana Gauche: Come-se Caetano, Chico e Bethânia NÃO! - E se Chico desse essa aula na minha faculdade não teria vaga mesmo. Quase não tem vaga pra aula de Tupi...

Ê laiá!

Pra completar, quase fui assaltada. Tsc tsc...
Ei, eu sou uma mina de periferia e desempregada, do tipo: pobre, feia, ferrada e metida à letrada. Se levarem minha bolsa não vão ter nem batonzinho pra dar pra nêga, mano!
E na boa, dar livro hoje em dia é ofensa... e é só isso que vão encontrar na minha bolsa!

sexta-feira, agosto 29, 2003

A musiquinha das laranjeiras



Hoje fui olhar meu e-mail e quem me escreveu? O meu amigo querido que me lembra a musiquinha das laranjeiras (ou vice-versa).

All Star
(Nando Reis)

Estranho seria se eu não
Me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias
Mas a Terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias
Do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto
Do seu All Star azul
Estranho é pensar que o bairro das
Laranjeiras
Satisfeito sorri
Quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o doze que é seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto
Como um velho amigo seu
Seu All Star azul combina com o meu,
Preto de cano alto
Se o homem já pisou na Lua
Como eu ainda não tenho o seu endereço?
O tom que eu canto as minhas músicas
Para a tua voz parece exato


quinta-feira, agosto 28, 2003

Um favor

Alguém poderia me convidar para um porre esse final de semana?
-Cê não parou de beber?
-Parei, mas resolvi voltar hoje. Melhor ser chata e ridícula bêbada, assim tem desculpa.

Cadê?

Apaguei.

Grandes perguntas que eu gostaria de saber a resposta!

Por que eu fui no show do Nando Reis se eu sabia o lugar era tão pocket quanto o Show?

Por que eu ainda saio de casa tentando esquecer meus problemas se os levo comigo?

Por que eu ainda levanto da cama?

Por que eu fui à aula do Tatit se eu sabia que não ia conseguir prestar atenção?

Por que eu me sinto ridícula quando vou a lugares em que o preço de um café é quase tudo que tem na minha carteira?

Por que as pessoas são tão pessoas?

Juro que eu queria ir para um lugar onde ninguém me conhece, ninguém sabe meu nome e eu pudesse esquecer que eu sou eu e de repente me tornar uma pessoa... Como eu queria ser igual a todo mundo! Trocaria tudo por um dia de pessoa normal! (Deve ser por isso que sou ridícula o tempo todo, porque vivo tentando ser como os semi-deuses que encontro por aí, mas só eu sou ridícula!)

Bom, pelo menos o dia de hoje valeu por ter encontrado a Márcia que só entrou na fnac para ir ao banheiro, nem sabia que tinha o tal show e me fez rir muito quando brincou dizendo que seu sistema estava nervoso, atacando seu nervo asiático e que logo iria ter um traumatismo Ucraniano se o cara chato que estava ao lado dela não parasse de empurrá-la só para tirar fotos do Nando Reis.
E, é claro, por ter me dado uma força quando, depois de ter ligado em casa, não aguentei e chorei...

Ah, e pela "muisquinha das laranjeiras" que me faz lembrar do Memerson toda vez que ouço e o Nando fez o favor de cantar logo depois de eu ter comentado isso com ela...



quarta-feira, agosto 27, 2003

Ilustração

Já que o Superid disse que letras de músicas em blog é "deveras ilustrativo" e eu estou "tentando" fazer a Fulana gostar de Belle&Sebastian... e creio que estou conseguindo... vai a letra da musiquinha que indiquei a ela hoje:

Women's Realm

I don't care whether you hear this
I don't care if I'm alone here singing songs to myself
There's nobody else around, around
Meet you up at the Indian part of the town
The town's shut down, the people left with their bags
Their kids so there's not a sound a sound

But I must get from there to here
There's a small voice crying on the other side of the river from here
It's too late to phone her now
What went wrong, your grades were good
It would take a left wing Robin Hood to pay for school
Your dad's a boozer and you keep him alive

Just a minute close your eyes
If we settle for this compromise I'll stay with you
The river looks so good tonight
I don't know what's with your friend
She met a boy and at the summer's end
She said she'd had enough of playing games

I don't care cause I'm by myself
All the dancers left but I can't dance
So I will stay and clean the mess they left behind
But I dream as I set to scrub all the floors, the walls
I'm thinking of a song or two, a boy a girl a rendezvous

Are you coming or are you not?
There is nothing that would sort you out
There's nothing I could say or do
You're going to crash, I'll set the bails in front of you
Are you coming or are you not?
There is nothing that would sort you out
An interesting way of life
Deny yourself the benefits of being alive

You slept better in a sleeping train in a shed in a station
With a torch and a Woman's Realm to keep you warm
To keep you company
You slept better in a sleeping train in a shed in a station
With a torch and a Woman's Realm to keep you company tonight

(Belle&Sebastian)

terça-feira, agosto 26, 2003

Quarto em Desordem

Arrumando a bagunça do meu quarto, deparei-me com lembranças de gente que foi embora, fotos de um amigo que morreu e eu fiquei sabendo há pouco tempo.
Fotos da escola, do colégio, dos garotos da banda que nunca teve nome, nunca tocou em outros lugares que não fossem formaturas de amigos, festas de aniversários e nas festas da igreja.
Fotos da minha infância... chorei quando me vi aos quatro anos de idade encostada num sofá, vesguinha e com cara de brava. Chorei quando me vi no colo da minha mãe e lembrei de quando mostrei a foto a um amigo e ele abismado com a forma física de minha mamãe perguntava milhares de vezes: "É sua mãe? É sua mãe"?- Depois disso entendi o porquê da sua vontade de dar o disco "Mata Virgem"- do Raul Seixas a ela. Meu complexo de Édipo, até então, não me permitia admitir essas coisas. Ainda não admite, mas ele está casado agora....
Quase todos estão. Tem foto de filhos de amigos, já!
Fiquei toda atrapalhada com a quantidade de livros, revistas acadêmicas, revistas em quadrinhos, dicionários, gramáticas... estou quase me perdendo em meio à tantas páginas...
Dedicatórias, que não são para mim, em livros comprados em Sebos. Dedicatórias em capas de discos da minha mãe, dedicatórias em encartes de CDs ganhos de amigos que não vi mais, que ainda vejo.
Livros de auto-ajuda, ganho de ex-alunos (aquelas coisas: "ela gosta de livro..." aí compra um Paulo Coelho da vida).
Cartas! muitas delas... junções de letras feitas especialmente para mim. Letras redondinhas, letras inteligíveis, letras de quem não está preocupado com quem vai ler. Letra da minha madrinha... letra do meu primeiro e único admirador secreto....
Um desenho de uma águia feito especialmente para mim: símbolo da Portela, símbolo do meu primeiro relacionamento sério... Feitiço de Áquila...
Tem história esse meu quarto...

Tudo isso ao som de Belle&Sebastian. Acho que se fosse chamar alguém para fazer a trilha sonora das histórias do meu quarto, das minhas histórias, ao contrário do que todo mundo acharia, não seria um samba do Paulinho ou mesmo do Chico (suspiros), eu certamente escolheria Belle & Sebastian, que eu defino como "melancólico feliz", afinal, nada melhor que um som "melancólico feliz" para histórias melancólicas felizes como as minhas...

segunda-feira, agosto 25, 2003

Atendo ao pedido do meu "redator chefe"

Eu só não sei quem é autora, se alguém souber me diz?

MEU NOME: MULHER

No princípio eu era a Eva
Nascida para a felicidade de Adão
E meu paraíso tornou-se trevas
Porque ousei libertação.

Mais tarde fui Maria
Meu pecado redimiria
Dando à luz aquele que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.

Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!

Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista, piloto de avião
Policial feminina, operária em construção.


Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é Competência
O meu nome é Mulher!!!

domingo, agosto 24, 2003

And I reminded myself of the words you said when we were getting on
(...) well it won't hurt to think of you as if you're waiting for
This letter to arrive because I'll be here quite a while
(Belle&Sebastian)


sábado, agosto 23, 2003

Escola de Samba

A roda de samba
a saia que roda
girando com a pomba
de negras mãos

A roda de samba
a saia que roda
o batuque de bamba
de negro chão

A roda de samba
a saia que roda
samba de saia
que tomba nas asas
da águia branca
e toma partido
voando alto
alegrando a tristeza
da escravidão.

Notícias que mais parecem ficção; e por isso, viram ficção.

-Pô, vai rolar uma excursão para Inglaterra. Tá a fim de ir?
- De repente.
- Tão falando aí que é para um festival numa rua de nome estranho em homenagem a uma banda de rock.
- banda de quê?
- Rock...
- Que isso?
- Sei lá. Pior é o nome da banda: bítous.
- Credo! Que nome. Mas é la nos Estates, então vamo, quem sabe a gente fica por lá e descola o tal do cartão grin.
E vamo todo mundo, já que é excursão.

Algum tempo depois:

- Pô, não avisaram que ia ter que cantar música. E o que é aquilo com nome japonês que os caras falaram? Ono qqcoisa...Eu lá ia saber que essa banda falava ou gostava de comida japonesa?
- Nem fale, e aquilo de Ringo que eles perguntaram? Ringo era uma bolacha que meu pai comprava.
- Não, seu burro, era comida de cachorro!
-...
- Andam falando que a gente saiu no jornal , será que tem foto?







sexta-feira, agosto 22, 2003

Na Estrada

Quando criança sempre perguntavam para mim o que eu gostaria de ser quando crescesse. Respondia várias coisas que pudessem contrariar a vontade dos outros. Sempre tive uma forte inclinação a contrariar as pessoas, queria mostrar que tinha vontade pópria. Quando as tias diziam: "ela desenha bem, vai ser desenhista" - eu retrucava imediatamente: "Não! eu quero ser médica!!!", ou quando falavam que eu daria uma boa médica, eu me recusava e escolhia jornalismo. E por anos, não posso negar, eu achava que queria realmente ser jornalista.
Contudo, um desejo meu jamais contei. Uma vontade que se iniciou aos quatro anos de idade, quando meu pai era dono de uma loja de móveis. Como minha mãe trabalhava ao seu lado e meu irmão já estava na escola, eu ficava na loja com eles. Fingia que vendia alguma coisa e brincava com o piano que por acaso apareceu na loja.
Um dia um caminhão veio buscar o piano e nesse momento começou uma grande paixão e uma grande tristeza. Eu olhei aquele caminhão e fiquei deslumbrada, apaixonada, encantada. Era enorme. Aos quatro anos tudo é sempre gigante ao nosso olhar, ainda mais para mim que sempre fui pequena.
Meu pai conversava com o motorista e eu segurava a barra da calça dele quando disse:
-Moço, deixa eu entrar?
Meu pai olhou muito feio para mim, imaginem, criança e ainda por cima menina, se metendo em conversa de adulto e querendo subir em um caminhão, é demais para a cabeça de um imigrante libanês, na época, com 71 anos.
O motorista do caminhão sorriu e pediu para que meu pai deixasse eu entrar. Colocaram-me lá dentro e eu fiquei brincando com o volante, me achando a caminhoneira. Achei que um dia eu teria um caminhão igual aquele.Contudo, logo em seguida, quando vi o piano sendo levado, chorei muito porque sempre achei que aquele piano era meu. Vi as minhas duas grandes paixões indo embora ao mesmo tempo.


Acabei fazendo jornalismo, frustrando-me com a superficialidade da faculdade e vendo que aquilo, definitivamente, não era pra mim. Acho que a escolha foi muito mais por causa da possibilidade de estar nas ruas, nas estradas, quase o tempo inteiro, em busca de novas matérias, do que com a profissão em si. Mas a internet e as agências de notícias chegaram muito antes de mim nas redações.

Deve haver gente se perguntando: mas ela não queria ser escritora, poeta, lançar um livro?
Isso nunca passou pela minha cabeça. Eu queria ser uma caminhoneira pianista. Detestava "Língua Portuguesa" no colégio e sempre fui péssima em gramática. Era boa em matemática e física, principalmente em Ondas Sonoras e Mecânica, calculando tempo, espaço e velocidade.

Artística?

Ontem um moço disse que a foto que está no meu msn messenger é artística. O engraçado é que essa foto é uma que a Fabi tirou quando veio a São Paulo, no dia em que o Edu chegou. Na original eu estou abraçada a ele e ele disse que eu estava com cara de quem acabara de acordar e me encontrava de pijamas.
A única coisa que fiz, foi tirá-lo (pois ele NÃO É MEU NAMORADO e eu me cansei de responder essa pergunta), e deixei em preto e branco (sei lá por quê, acho que foi para acentuar as olheiras, arte de muitos anos sem dormir). Mais engraçado ainda, foi o Rob dizer: "Ué, eliminar o Edu é artístico?"

Bom pessoas, aí está a fotinho para quem quiser colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto...


quinta-feira, agosto 21, 2003

Sim

Sim, fui ver pela terceira vez o documentário do Paulinho. Foi engraçado o moço que estava ao meu lado me chamar e dizer:

- Desculpa, mas não pude deixar de notar. Quantas vezes você já viu esse documentário?
- Três.
- Ah, por isso sabe todas as músicas...
- Não, eu já conhecia todas elas, com exceção de "Conflito" que o Zeca canta.
- Nossa, você não tem cara de quem gosta de samba...

Essa não é a primeira vez que me dizem isso, já falaram que é extremamente engraçado eu gostar de samba e, principalmente, saber sambar.
Eu sou branca, quase translúcida, tenho olheiras e tenho uma predileção por roupas pretas. Todos juram que sou gótica ou Indie (tô mais pra índia).
Percebo, então, que meu amor é assim, nunca parece. Eu não sei mostrar que amo e quando amo, as pessoas acham "engraçado" eu amá-las...

Voltei para casa pensando nisso e um elegi um novo samba-enredo para minha vida amorosa (acho que não falei, mas o anterior era "Tristeza pé no chão" de Armando Fernandes "Mamão"- na voz de Santa Clara Nunes). Com vocês, pessoas, "Sim" de Cartola e Martins.

Sim

Sim,
Deve haver o perdão
Para mim
Senão nem sei qual será
O meu fim

Para ter uma companheira
Até promessas fiz
Consegui um grande amor
Mas eu não fui feliz
E com raiva para os céus
Os braços levantei
Blasfemei
Hoje todos são contra mim

Todos erram neste mundo
Não há exceção
Quando voltam a realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira

quarta-feira, agosto 20, 2003

Coldplay, sorry!

Então dona Fulana (sem link que tô com preguiça), vai rolar não...

Ingresso caro, meninos melosinhos demais e acho que a greve da minha faculdade vai enrolar minha vida na primeira semana de Setembro.

terça-feira, agosto 19, 2003

SID, FELIZ ANIVERSÁRIO!

domingo, agosto 17, 2003

Meu novo ídolo


Coldplay, será?

Dona Fulana quer ver os meninos melosinhos. Tá dia 03/09 no site do Via Funchal.
Mas tá caro, hein? Pago meia, mas ainda acho caro, afinal, sou baixinha demais pra ficar na pista, nem vou aproveitar o melhor da banda: os rapazinhos bunitinhos.
Menino Experimental disse que não vai.
Preciso me decidir até amanhã, quando vão começar a vender ingressos e meia entrada esgota rapidinho.
Ó dúvida cruel. Bem que poderia ser o Radiohead, né? Aí eu não teria dúvida alguma: IRIA!

Conversa inspiradora


-Parei com as drogas. Estou tentando parar de beber e se der certo, paro com cigarro.
- Morreu, né? Já não faz sexo, é hetero, vai ficar sem fumar e sem beber também?
- ...



quinta-feira, agosto 14, 2003

(im) Possível

"Meu amor eu não me esqueço
Não se esqueça por favor
Que voltarei depressa
tão logo acabe a noite, tão logo este tempo passe
Para beijar você"

(Paulinho da Viola - "Para um amor no Recife")


Essa música me lembra um conto que li há exatos dois anos em que o protagonista era um velhinho de 90 anos que amava sua esposa. Os dois eram escritores numa época em que o papel já não existia mais. A esposa, uma poeta, estava em Recife. O velhinho, um contista, dava uma entrevista para uma apresentadora de TV maluca.
O conto era delicioso e eu quis ser a poeta que estava em Recife e sendo esperada por seu amor.

Paixão Sexagenária

Casablanca fez 60 anos esse ano. Paulinho da Viola fez 60 anos no ano passado.
Eu assisiti milhares de vezes Casablanca, tenho alucinações com o Bogart de Rick Blaine e fico cantando "As time goes by" todas as vezes que vou ao aeroporto.
Ouço Paulinho da Viola pelo menos uma vez por dia e já assisti duas vezes o documentário e se bobear vou assistir uma terceira. Sabe como é, eu fui em duas pré, mas ainda não fui ver depois que estreou. E nem achei o documentário maravilhoso, mas é sobre o Paulinho e sendo sobre o Paulinho, eu gosto e nem ligo pra Marina estragando "Para um amor no Recife", vejo o lado bom: não convidaram o Zé Ramalho que conseguiu fazer uma versão pior que a dela para essa música tão linda.
Acho que os sexagenários exercem um efeito sobre mim, afinal, papai me fez quando ainda era sexagenário, tá certo que já estava perto dos 70, mas ainda na casa dos 60.
Ai ai... só espero que esse efeito não me faça seguir os passos de mamãe que também deveria ter uma quedinha pelos sexagenários, afinal, casou um. Ah, mas se for um "Príncipe Sexagenário" como o Paulinho ou um Rick Blaine sessentão...

Hum, acho que preciso parar de conversar com a Fulana sobre paixonites por velhinhos...

quarta-feira, agosto 13, 2003

Aliás, o post antererior...:

Aliás, o post anterior foi inspirado numa conversa na casa de um amigo, sábado. Aliás, a do Indie, é de co-autoria de Pedrinho S.- Aliás, ando falando muito dele nesse blog, será que ainda estou sob o efeito da cabeça (ui!)?

Ah, aliás, qualquer semelhança com a minha pessoa é pura MENTIRA! Qualquer comentário me reconhecendo entre um dos retratados eu não apago, mas nego.

E, aliás, eu sempre quis usar uma seqüência idiota de "aliás".

Conversando...



Conversando com um Indie:

- Ah, aquela música do Belle & Sebas...
- Nem, tem uma banda da Ucrânia que faz uns experimentos com eletrônico dos anos 80 da Alemanha Oriental que é muito mais legal.
- ????...

Conversando com um Intelectual:

- Estou lendo Focault, "A microfísica do Poder", achei leg...
- O problema dos Focaultianos é que estabelecem a subjetividade acima de qualquer coisa e deixam de lado a objetividade que é a principal busca da ciência, tirando da Humanas a categoria de ciência, elevando o micro e desprezando o macro. Isso é um problema, pois o academicismo vai se distanciando demais da realidade, conseqüentemente do objeto de estudo.
Eu, na minha modésta opinião, prefiro trabalhar com o paradigma marxista, mas os estruturalistas também me chamam a atenção, embora o materialismo seja a minha linha de trabalho.
-????? ...

Conversando com especialista em MPB:

- Puxa, ouvi o Chega de Saudade do João Gilberto e...
- Mas você ouviu em vinil, né? Relançaram em CD, mas ficou uma merda, o próprio processou a gravadora. Esse disco é para ser ouvido em vinil, a remixagem não faz jus ao trabalho do João. Você não percebe a genialidade dos arranjos e as maravilhas que ele fez. Não é à toa que qualquer músico de boa qualidade cita "Chega de Saudade" como a inspiração para que eles se tornassem músicos, ou cantores. Tom Zé entrega à bossa-nova, sobretudo, Chega de Saudade e João Gilberto, a posição de marco até na economia brasileira. Segundo ele de exportadores de matéria-prima, após a gravação da música e do disco do João, nos tornamos exportadores de Arte. Ou seja, passamos de um país subdesenvolvido produtor de café, para produtor de Arte da melhor qualidade.
-????....

Conversando com um filósofo:

-Estou com uma dúvidas sobre a existen...
- Está lendo Sartre? Vá buscar também os pré-socráticos, principalmente Parmênides e Heráclito. O Existencialismo nada mais é do que a junção da estagnação defendida por Parmênides, na questão do ser que é, sem qualquer predicativo, pois a vida é como um círculo e sempre voltamos a essa questão do "o que é", com o movimento, o devir, defendido por Heráclito, em que o ser nunca é, nem será, nem foi. O passado não existe mais, o futuro ainda não se concretizou e o presente é um divisor de nadas e o seu olhar muda a cada momento. A famosa frase: "Não passarás no mesmo rio duas vezes"- pois você não é mais o mesmo, nem o rio. Sarte junta essas questões, pois, o ser não tem essência, como defendia Heráclito, sobrando apenas a existência, a questão do que é, que se faz no outro apenas. Somos, portanto, aprisionados na forma, sem essência, e submetidos ao olhar dos outros que nos tornam existentes para eles da forma que nos exergam.
- ????.....

terça-feira, agosto 12, 2003

Massive Attack

Acho que eu gosto de "massive attack", mas para ter certeza, preciso ouvir um álbum inteiro. Alguém sabe me dizer qual o melhor?

Lady Zu

Eu tenho um disco com a Lady Zu cantando.
Só não sei porquê eu me lembrei disso agora...
Ah, lembrei! Acho que falei com o Menino Experimental sobre ela.

Recados


Superid, estou com muita, muita, muita, saudade!

Lica, seja muito bem - vinda!

"Devo adimitir que sou réu confesso
E por isso eu peço, peço pra voltar.
Longe de você já não sou mais nada
veja, é uma parada
Viver sem te ver "

(Tim Maia - "Réu confesso")


O Diário de BV

Tá, eu não tenho um Hugh Grant me sacaneando nem me pedindo pra voltar pra ele. Também nunca ouvi nenhum cara bonitão, como aquele outro lá que eu esqueci o nome, dizendo que gosta de mim do jeitinho que eu sou.
Pelo menos eu não faço sopas azuis. Isso é uma vantagem.

Por que estou dizendo isso? Simples! Comecei a fazer regime, apesar de ter emagrecido, quero perder mais 5 kgs.
Também estou parando de beber e se tudo der certo quero parar de fumar.
Esse último será mais difícil. Ô vício maldito! Só consegui parar uma vez, quando estava apaixonada e namorando um não fumante.
O que amor não faz...

domingo, agosto 10, 2003

Sem título.
A dificuldade de falar de você é a mesma da de não falar. Afinal, como não dizer que é o homem mais forte, mais corajoso que já conheci?
Como não citar a pessoa que marcou minha vida e me fez ter a lembrança mais remota, aos dois anos de idade.
Lembro-me nitidamente quando foi carregado de casa, tirado de mim daquela forma tão brutal. O meu irmão gritando que estava morrendo e eu olhando na janela você sair, carregado.
Ali aprendi que as pessoas vão embora e me fariam chorar e sofrer por isso. Aprendi que deixá-las longe é mais fácil. E você também fez isso comigo. Tentou afastar-me, se fez indiferente e cruel muitas vezes.
Contudo, não me afastei, porque lembro de um mês mais tarde algo que o fez chorar, mostrando que, apesar de toda a dureza, toda a rigidez, é um homem sensível também. Eu corri batendo palmas e cantando: "papai chegou do hospital" e lembro das lágrimas no seu rosto ao me pegar no colo.
Nesses últimos meses, essas lembranças voltaram. Em Dezembro você caiu no banheiro, sua idade não permitia isso e eu e meu irmão nos vimos carregando no colo, como você fazia conosco, o homem mais forte do mundo. Janeiro e Fevereiro foram meses terríveis, sua mão segurando a minha e sua boca me dizendo para eu cuidar de mim, porque não poderia mais fazê-lo. E de repente, tivemos que cuidar não só de nós, mas tanto de você quando da minha mãe.
Eu me senti tão sozinha e ao perceber minha solidão, sua melhora veio rápido e eu pude cantar e bater palmas de alegria porque meu pai havia sarado e você me abraçou e disse para que eu ficasse calma, pois minha mãe iria melhorar também.

Por isso, hoje, eu só quero dizer: Obrigada!
Obrigada, pai, por ter sido sempre meu pai, pois mesmo não sabendo o que é ser pai, já que nunca teve um e constitui a sua família tarde, tendo seu primeiro filho aos 65 anos e sendo 67 anos mais velho do que eu, nunca quebrou a relação pai e filha. Foi difícil, somos tão iguais e tão distantes em gerações. Batemos de frente muitas vezes. Mas ao menos, nunca deixei de vê-lo como pai e saber que nos seus olhos há um orgulho de pai pela sua filha.
Obrigada mais uma vez por nunca me deixá-lo ver como um homem e assim poder amá-lo sempre.

Conversa instrutiva

-Nice, essa é pra você colocar no blog.
-Fala aí, Sid.
- Todo gay tem uma ligação com duas entidades mitológicas. Uma grega: Narciso; outra africana: Oxum.
- Eu sou filha de Iansã com Xangô.
- Isso é coisa de lésbica.
-Hã?

(Cada dia fico mais em dúvida sobre a nomenclatura que os meus amigos me dão. Ora é HT sem noção, outra é Gay, porque tbm faço "carão" no conjunto nacional e gosto de homem, depois lésbica. Mas no fundo, no fundo, acho eu, que sou um travesti baixinho)

Pós-Gay... Pós-Hetero(?)

Vocês irão notar que Pedrinho agora é menino que faz experiências, é Menino Experimental.

Entrem no blog do menino que eu pedi em casamento no sábado só por causa da sua nova cabeça (ôpa), quero dizer, do seu novo cabelo.

Pós Gay

Hum... se ele aceitar, será que eu me torno Pós-hetero?

sábado, agosto 09, 2003

Minha Pátria é a língua Portuguesa

Pessoas é tão maravilhoso que elegeu uma língua para ser sua Pátria. O mais impressionante é que, apesar de ter o Inglês como língua falada durante a infância e adolescência (saiu muito cedo de Portugal), escolheu o português. Talvez, se tivesse escolhido o Inglês, estivesse, hoje, encabeçando as listas dos maiores poetas de todos os séculos. É o que acontece, por exemplo, com o nosso Machado de Assis que começou o romance moderno, antes que as vanguardas iniciassem na Europa e não é incluído em qualquer lista feita peles europeus.
Iniciou a escolha por um narrador em primeira pessoa que colocasse em dúvida o que é narrado, entregando a nós, falantes da língua portuguesa, a grande dúvida se Capitu traiu Bentinho ou não. E, como é um grande escritor, transformou a traição em apenas uma forma de ler o livro, que traz nas entrelinhas inúmeras qüestões. E falo apenas de um dos seus romances.
Nós falantes da língua portuguesa temos, portanto, o privilégio de fazer parte da Pátria de Pessoas, de Machado e de tantos outros escritores que fizeram de sua Pátria, a língua, um melhor lugar para se viver.
Mas além do privilégio de habitar entre os grandes, temos o privilégio da saudade e é dela que quero falar.
Saudade, os povos de outras Pátrias, outras línguas, tentaram tirá-la de nós dizendo que pode-se traduzir para seus idiomas essa palavra que é de difícil tradução até pra nós que sabemos tanto o que é, mas não nos demos conta das tantas coisas que pode ser.
Saudade pode ser também uma lembrança do passado, mas não descarta a possibilidade de ser uma aspiração futura.
Hoje, minha saudade se confunde entre as lembranças passadas, aspirações futuras e a estagnação do meu olhar sobre o meu mundo e minha casa. Sinto saudade de uma casa que nunca vi, em que nunca estive e não sei bem ao certo como é, mas sei que é a minha casa. É como Álvaro de Campos em seus poemas "Lisbon revisited", (1923, 1926), saudosista em seus primeiros trabalhos, ao revisitar o Tejo e não enxergar o Tejo de outrora, muito menos o Tejo de agora. Lisboa não era sua casa, embora fosse, minha casa não é minha casa, embora seja. O Brasil não é minha Pátria, apesar de ter nascido aqui. O Líbano também não é, embora eu tenha traços muito mais libaneses que brasileiros.
E eu crio uma História para mim, como os escritores portugueses criaram para Portugal, que não é a realidade, mas sinto saudade e vivo das lembranças dessa História tal qual Portugal sente falta de seus grandes feitos realizados apenas nas páginas da literatura, sobretudo, nas dos "Lusíadas" de Camões.
Espero a volta de um Dom Sebastião que nunca fez nada por mim, que já morreu, mas que sempre será o grande Imperador do meu Império de Sonhos, habitando meu castelo de cartas.
Ao menos, minha Pátria é principalmente a língua portuguesa e nela impera grandes reis com grande feitos originados em simples junções de palavras. E essa saudade é orgulhosa e tem razão de ser.

Então, pessoas...

Muito frio, chuva, dia cinza de todo. Assisti de novo Monstros S.A, não fiquei pra assistir de novo "Cronicamente Inviável", nem "1900". Talvez vá assistir de novo "Último tango em Paris", quem sabe "O Fabuloso destino de Amelie Poulain".
Esses dias frios me fazem lembrar que eu preciso começar a comprar filmes para dias frios e chuvosos e não só filmes para TPM. Porque nesses dias frios, dá preguiça de ir à locadora e nem sempre tô no pique para comédias românticas, dramas românticos ou qualquer coisa romântica.
Hoje por exemplo cairia bem um "Apocalypse Now", um "Cidadão Kane", ou então uma comédia, sei lá, "A vida de Brian", ou um Monty Pynthon que não seja "Herói por acaso".

sexta-feira, agosto 08, 2003

Gente boa é gente morta!

Pois é, seu Marinho morreu. Ou melhor, o jornalista Roberto Marinho. Melhor ainda: O "Cidadão Kane Brasileiro" - aliás, o documentário "Muito além do Cidadão Kane" feito por uma brasileira para a TV Britânica, continua proibido no Brasil e fala sobre o próprio.
Morreu e agora tornou-se o melhor homem do mundo. E a Globo o grande feito desse homem maravilhoso.
Bah, apesar de ter comemorado e brindado sua morte, ao lado de amigos, aliás, se eu não me engano, um almoço foi marcado para comemorar ainda mais, enquanto ele estava vivo, ele era a "erva ruim que nem a geada leva" e isso até que era bom. Agora, virou santo, porque todo mundo que morre vira santo.

Será que quando eu morrer vão dizer que eu era uma grande escritora e poeta?

quarta-feira, agosto 06, 2003

"Quero morrer numa batucada de bamba
Na cadência bonita do samba"


(Ataulfo Alves/Paulo Gesta/ Matilde Alves - Cadência do Samba)

terça-feira, agosto 05, 2003

O Jogo da Amarelinha:

Eu vivo falando desse livro, vivo falando desse capítulo, então vou deixá-lo aqui para quem quiser ler o melhor beijo de todos. Eu ia colocá-lo no original, que fica melhor ainda, mas em português também é bom. Se alguém quiser no original, eu mando por e-mail:

Capítulo 7

Toco a sua boca, com um dedo toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a sua boca se entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha mão escolheu e desenha no seu rosto, e que por um acaso que não procuro compreender coincide exatamente com a sua boca, que sorri debaixo daquela que a minha mão desenha em você.



Você me olha, de perto me olha, cada vez mais de perto, e então brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam uns dos outros, sobrepõem-se, e os cíclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se no seu cabelo, acariciar lentamente a profundidade do seu cabelo, enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragância obscura. E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu sinto você tremular contra mim, como uma lua na água.

Júlio Cortázar


Retirado daqui.

Pessoa boba!

Hoje estava ouvindo "Tem que Rebolar" com a Elza e o Ney e bateu uma saudade enorme, se eu não fosse uma pessoa que já começa a se requebrar quando ouve um batuque, acho que já ia começar a chorar.
Lembrei do dia que estávamos ensinando o Frank a dançar samba.


domingo, agosto 03, 2003

Tudo indo e voltando

Dia regado a choro, aeroporto, avião. Regado a sorrisos tristes, embarques, gente famosa, gente querida, gente que vai, gente que chega.
Dia verde. Tempos que foram regados, todos os dias.
Dia de ir.
Dia de encontros, reencontros, desencontros. Dia de notar, perceber, correr. Dia verbal, gestual.
Dia rosa. Flores de todas as espécies. Girassóis.
Dia de se importar.
Amanhã tudo volta. É dia de recomeçar.
Dia de voltar.

Percebi que pessoas importantes me fazem sair de casa aos domingos


sábado, agosto 02, 2003

Discriminação

Recentemente um casal foi expulso do Shopping Frei Caneca em São Paulo por estar se beijando.

Se você ler essa notícia, assim como está em negrito, com certeza ficará indignado, horrorizado e achará um absurdo, pois a todo momento vemos casais se beijando em Shoppings, Cinemas e outros estabelecimentos comerciais.
Contudo, se você ficar sabendo que é um casal homossexual, a coisa muda de figura.
Será que os meninos que gostam de meninos, meninas que gostam de meninas, não têm o mesmo direito que nós heteros? Pois a resposta é SIM! Direito esse, garantido por lei, como vocês podem ler aqui. Em São Paulo as práticas discriminatórias em razão da orientação sexual, como a expulsão do casal, é proibida sob regime de pena.

Alguns grupos estão organizando para amanhã um manifesto contra esse ato discriminatório. Vou colocar aqui o texto que me foi passado:

GRUPOS GAYS DE SÃO PAULO
ORGANIZAM BEIJAÇO DOMINGO NO SHOPPING FREI CANECA

Depois da expulsão de um casal gay - um publicitário e outro jornalista - do
Shopping Frei Caneca, em São Paulo, por causa de um inocente e despretensioso
beijo, grupos de defesa dos direitos civis dos homossexuais da cidade
decidiram dar o troco: acontecerá no próximo domingo, 3 de agosto de 2003, um
BEJIJAÇO na praça de alimentação daquele centro de compras.

O que é um beijaço? É um movimento organizado, já realizado em outras cidades
do país e do mundo, visando combater a homofobia, tal como este ato de
preconceito aos homossexuais ocorrido no Shopping Frei Caneca. Vários
estabelecimentos comerciais já tiveram de enfrentar um Beijaço, para aprender
a tratar o público gay como merece: normalmente, isto é, como trata a todos
os demais heterossexuais. "Só vamos mostrar o rosto, no dia em um beijo não
for motivo de uma entrevista", respondeu um dos envolvidos ao jornalista da
TV Bandeirantes que o entrevistou. A idéia do beijaço foi de Lula Ramires,
presidente do grupo CORSA de São Paulo.

"Somos a maioria dos consumidores do Shopping Frei Caneca. E eles ainda se
acham no direito de nos expulsar por causa de um beijo? Além do mais existe
uma lei estadual que classifica isso como ato de discriminação, e que pode
multar o shopping, e até fechar suas portas", afirma o escritor Stevan F
Lekitsch, assíduo freqüentador do shopping.

O casal expulso tomou as providências concretas, chamando a polícia na hora e
abrindo um boletim de ocorrência, a fim de configurar o ato de discriminação.
Prometem ainda processar o shopping. E agora, os grupos gays da cidade se
mobilizam para fazer cumprir a lei anti-discriminação (Nº 10.948), já
sancionada pelo Governador Geraldo Alckmin.

Para particpar deste Beijaço contra a discriminação, basta comparecer á Praça
de Alimentação do shopping (Rua Frei Caneca, 569) às 17 horas do Domingo, dia
3 de agosto de 2003.

O Beijaço é uma iniciativa dos grupos:


CORSA - Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor ? São Paulo
ELES - Encontro Liberdade Expressão e Sexo Seguro ? Santo Amaro, SP
PRISMA ? Grupo de Diversidade Sexual ? ligado ao DCE-Livre da USP