Cara de Palhaço! Pinta de Palhaço até o fim...
"You had to sneak into my room
just to read my diary it was to see
All things you knew
I'd written about you
(Morrissey)
Não é brincadeira, nem marmelada. Também não é palhaçada, porque "não sei ser engraçada, a crueldade é meu diadema".(AnaC.)
Sim, meu jogo está chegando ao seu GAME OVER! Mas isso não significa que vou parar de escrever.
Assim como meu maridão, eu não quero usar mais o blog como forma de terapia cibernética. Eu não quero dizer sobre minha vida, pra ninguém, nem pra desconhecidos que não poderão me fazer nenhum mal, como disse Rubem Fonseca, nem quero mais "depender da bondade de estranhos" dentro de um bonde chamado desejo...
Também não quero mais falar sobre minha vida para conhecidos que podem me fazer mal, que podem usar minha fragilidade contra mim.
Quero escrever coisas que, embora saiba que as pessoas não vão ler, tenham a minha ficção, minha fantasia. Minha vida pessoal não interessa a ninguém além de mim e de algumas pessoas que eu escolhi para fazerem parte dela. Passei um ano difícil em que a fragilidade tomou conta de tudo que vivi. Não quero mais expôr-me seja em palavra escrita ou falada. Não sou só isso, não sou densa, tensa, ao menos não o tempo todo.
Eu gosto do meu jogo, gosto das pessoas que conheci através dele, gosto das pessoas que me fizeram sorrir ao mandar e-mails dizendo que liam meus poemas, que achavam que eu escrevia bem. Sinto-me feliz por gente que nunca vi na vida, retirar uma parte de seu tempo para me ler, mesmo que nunca tenham me dito nada, eu sei que me visitavam.
Mas essa é, com certeza, a última semana do Jogo Da Dama. É, também a última semana em que a Beduína dos Velsos vos fala, uma parte querida de mim, a minha parte mais frágil batizada por alguém a quem confiei toda minha fragilidade, todo meu lado escondido e nesse jogo exposto.
Não por acaso esse blog teve seu primeiro post (com exceção dos testes feitos no dia 4 de maio), um dia depois de seu aniversário e o título do post era "O amor é cego, surdo, mudo e velho!".
Sempre serei grata ao meu grande amigo que é o motivo por eu nunca desistir de escrever poemas, mesmo sabendo que quase ninguém iria ler, mas ele sempre os leu. É o motivo por eu me sentir poeta. É dele a Beduína dos Velsos.
Contudo, meus (possíveis) leitores, não é um adeus, só um até mais ler. Durante essa semana dou as coordenadas a quem quiser se corresponder comigo, ler outras coisas e alguns endereços onde dou os meus pitacos...
domingo, fevereiro 22, 2004
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