sábado, julho 19, 2003

A Borra.

Quando morrer serei lembrada
A menina que lia borra
A borra do café
Adivinhava
E se tivesse fé
Acontecia

Quando morrer serei lembrada
A menina que andava
Andava a pé
às margens do rio Pinheiros
E se tivesse fé
a via.

Quando eu morrer serei lembrada
A menina que estudava
Estudava até
à beira da faculdade
E se tivesse fé
Enlouquecia.

Quando eu morrer serei lembrada
A menina que pensava
Pensava na Sé
Em frente às Catedrais
E se tivesse fé
Se convertia.


Quando morrer serei lembrada
A menina que versejava
Versejava no café
Versejava a pé
Versejava na Sé
Versejava até
às margens do rio Pinheiros
Em frente as Cadetrais
à beira da faculdade
E se tivesse fé
Acontecia

(Nice Skaff - ou seja, eu!)

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