Um post sem título. Sem nada aliás. Apenas um relato de um domingo triste que amanheceu gelado e anoiteceu dormindo.
Não fiz nada. Mas sonhei. Sonhei o dia inteiro e comecei a noite sonhando. Chorei. Sim, ainda me sobraram lágrimas. Ainda me sobraram emoções. Pessoas fez-me companhia. Ele sempre preenche meu quarto nos domingos vazios.
Ouvi a voz do silêncio, o vento batendo nas folhas do jardim. O pequeno jardim de minha mãe. Suas plantinhas tão queridas sendo levadas para lá e para cá de forma tão grosseira. O inverno não sabe acariciar as plantas.
O inverno não sabe nos acariciar.
Senti um carinho frio vindo de outrora. Vindo de longe. De anos atrás. Um carinho frio que trouxe o gosto da saudade de ser criança e poder deitar no colo e receber seus carinhos frios.
Um carinho tão frio quanto as palavras que me fizeram sentir o gosto do desgosto. Da dificuldade de entender que a frieza era para o meu bem. Ainda não entendo esse bem. Não entendo a frieza. Não entendo esse gostar.
Talvez deva agradecer. Talvez chegue o verão e eu não sinta mais esse gosto do desgosto. O gosto da saudade fria, da casa vazia, do não entender.
Quem sabe o verão traga o desgostar de vez e eu fique sem querer entender. Eu finalmente me liberte dos carinhos frios e, principalmente, da vontade de me aquecer.
domingo, julho 13, 2003
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