Ei, você aí
Ei, você. É, você mesmo. Já se apaixonou? Já se encantou com detalhes de alguém que só você consegue enxergar e que ninguém mais vê? O jeito com que ele ou ela sorri, com que fica em silêncio e desvia o olhar timidamente por algo que alguém tenha dito. Às vezes até pela forma com que a pessoa fica nervosa e você, conhecendo-a como só você a conhece, percebe imediatamente o que está havendo.
Sabe aquele hesitar de mãos? É, esse mesmo... e aquela felicidade inesperada que arrebata-o logo cedo, transformando um dia chuvoso e aparentemente sem graça, num dia lindo só porque você recebeu um e-mail, um telefonema, ou o encontrou no dia anterior.
Ah, as possibilidades... ela é uma possibilidade, ainda que remota, mas você tem nela uma possibilidade. Já disse um poeta mineiro, Jovany Sales Rey, em seu livro "Possibilidades": "não há vinho tão inebriante quanto a champanhe cintilante da possibilidade".
E quando bebemos dessa champanhe, passamos a suspirar reticências... Já suspirou reticências? É bom, né?
Pois é, há dois anos que não sinto nada disso. Em pensar que há dois anos atrás, exatamente quando aconteceu o atentado, eu estava tão apaixonada que só fiquei sabendo da notícia porque meu irmão falou. De qualquer forma, não me queixo, o inesperado quer chegar, eu deixo*.
Mas ô inesperado que nunca chega!!!
* Adriana Calcanhoto em "Bagatelas".
quinta-feira, setembro 11, 2003
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