terça-feira, maio 11, 2004

Falando demais

Outro dia uma amiga disse que o Centro Acadêmico deveria chamar-se Nelson Rodrigues e não Oswald de Andrade. Melhor, esquerda festiva deve assumir-se festiva.

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Estava pensando em Nelson e seu buraco da fechadura. Creio que esteja também, ali, olhando o mundo através do buraco da fechadura. Um tanto menos interessada no que as pessoas fazem na cama, um tanto mais interessada no que as pessoas fazem à mesa.

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Gosto de pessoas, mas não sei aproximar-me delas. Tenho medo de chegar e dizer um simples "oi". Tenho medo, porque sei que eu não pararia de falar se ela desse um sorriso convidativo. Preciso desses territórios sem fronteiras para conseguir me aproximar, mas abuso. Sou abusada. É isso.
Ainda bem que as palavras podem significar outra coisa daqui a alguns anos. Assim como os seres humanos.

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Enjoy Active.
Escrevi isso nunca camiseta hoje. Pronunciando rápido e aportuguesado dá outro adjetivo bom para minha qualificação.

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Finalizando a paranóia

Por que há tantos poetas homens e tão poucas poetas mulheres, se homem sempre diz que não gosta de poesia?

Por que na literatura de língua inglesa, especialmente na Inglaterra, há mais mulheres incluídas entre os grandes nomes da literatura e no resto do mundo é tão difícil lembrar de um nome feminino?

Por que o Rock in Rio em Lisboa não se chama Rock in Lisbon?

Será por essas coisas de português que Pessoas preferiu nacionalizar-se falante do português e não português?

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