sábado, outubro 11, 2003

Uma campanha inspirada na minha faculdade


Ai ai...

Será?

sexta-feira, outubro 10, 2003

Campanha

O filho do Ringo toca bateria.
O Sean Lennon também faz parte do cenário musical.
O filho do Paul toca guitarra, mas quem toca guitarra toca baixo.
O George tem filho? toca algo?
Se tiver, vamos fazer o que fizeram com a Elis Regina e lançar uma banda que não se chamará Beatles, mas que é igualzinha aos caras?

Afinal, já disse Paul que não se pode requentar um suflê, sobre a volta dos Beatles, mas cloná-lo até que é uma idéia, não acham?

Para a noite desse dia que eu reservei para amar

Amar!
(Florbela Espanca)

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente..
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


quinta-feira, outubro 09, 2003

Hum...

Menino Experimental, me chama de Lucíola, me faz sua Senhora! Me mostra o Tronco do Ipê!
Me diz assim: "Vem, gazela, eu quero ver sua pata".
Eu quero despontar no céu Fluminense, como Aurélia e entregar-me numa doce escravidão.

quarta-feira, outubro 08, 2003

Outono

José Miguel Wisnick

Os soluços longos dos violões do outono
Ferem meu coração com um langor monótono
Chega de verão outros tons no chão é quando
Vão os sonhos vãos no coração desfolhando
Vem meu bem ficar assim
Vem colher amor em mim
Um no outro até morrer
A tarde de prazer
O dia não ter fim
Os soluços dos violões do outono
Enchem todo meu coração de dor e abandono
Chega de verão tudo agora é sombra e sonho
E os sonhos vãos no coração desfolhando
Vem meu bem ficar assim
Vem gozar o amor em mim
Um no outro até morrer
A tarde de prazer
O dia não ter fim.

terça-feira, outubro 07, 2003

Justificativa para minha vida

Sou uma pessoa que, apesar dos 26 anos quase 27, não vive no mundo adulto normal padrão. Fazer o quê? Não saí da adolescência... sou poeta, pelo menos no que diz respeito ao modo de vida e viver de poesia...

quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência


(Paulo Leminski)

sábado, outubro 04, 2003

Soneto


Na estante guardava o retrato em branco e preto
Na orelha de um livro e no meio da estrada
Mas à coleção ainda faltava um detalhe, quase nada
Alguns versos derradeiros para formar o soneto.

Debrucei-me nas palavras sem achá-las de momento
Substantivos, adjetivos: as frases saiam forçadas
Faziam-se complicadas, fugiam-me entre os dedos
Tombavam pela boca e no ar encontravam-se paradas.

Tentei roubá-las num assalto vão à Possibilidades
Pegar emprestado as de Carlos Drummond de Andrade
Retornei à renascença e apelei a Camões e Petrarca

Nenhuma resposta obtive nem nas formas arcaicas
Nas cantigas ou sonetos só o amor que tive
Hoje meu amor reside em cantos de amizade.

Tá lindo

Pós-Gay de cara nova. Está lindo!
O blog, porque o autor É lindo!

(Nossa, me sinto tão Caetano após esse post. )

Vou ferver
Como que um vulcão em chamas
Como a tua cama que me faz tremer
Vou tremer
Como um chão de terremotos
Como o amor remoto que eu não sei viver

É...

Sabem o que é pior do que uma sexta à noite em casa?

É gostar disso, apesar de ter perdido o costume de passar as sextas em casa.

Sabem o que é pior do que gostar de ficar em casa?

É você perceber que gosta, porque tudo que faça te faz ter a mesma sensação de estar em casa. Ou seja, baixou a sensação de mesma coisa de novo... ô droga!
Preciso urgentemente de algo novo, da famosa "beleza que me arrebate".

sexta-feira, outubro 03, 2003

Amigos, Saudades e Luar

Em um dos momentos mais difíceis da minha vida, um amigo especial me fazia esquecer do mundo recitando poesias.
Em um dos momentos mais difíceis da minha vida, um outro amigo especial passou quatro dias em São Paulo e me ajudou a não virar pedra de vez, como não dava pra fazer como Macunaíma e ser estrela, voltei a ser "Luar"

O amigo que recitava poemas foi pra Belém. O amigo que me fez voltar a ser "Luar", voltou para Porto Alegre.

Hoje, vou trocar e colocar a foto de um Luar, tirada por quem me recitava poesias e colocar um poema que o amigo que me chama de Luar me mandou, dizendo que se parece comigo:

Soneto do Orfeu

Vinicius de Moraes

São demais os perigos dessa vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar, que atua desvairado
Vem unir-se uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Uma mulher que é feita de música
Luar e sentimento, e que a vida
Não quer, de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento,
Tão cheia de pudor que vive nua.





Saudades Edu.
Saudades, Émerson.
Muitas.

quinta-feira, outubro 02, 2003

Até que a próxima novela nos separe

O congresso nacional sensibilizado e indignado com os maltratos de Dóris para com seus avós, votou, finalmente, o Estatuto do Idoso, submetendo sob regime de pena todo neto, ou filho, que siga o exemplo da moça odiadora das cabeças de cotonete que tanto eu quanto a Fulana amamos.

Segundo as minhas fontes infiltradas em Brasília, o próximo passo do nosso tão estimado congresso será votar o projeto da então deputada, agora prefeita, Marta Suplicy, não mais Suplicy. Contudo, o projeto será um pouco alterado, permitindo a união civil de pessoas do mesmo sexo, desde que sejam do sexo feminino. (A novela não colocou um casal masculino, então ainda não pode).

Não parando por aí, na pauta também está tentar resolver o problema dos trangênicos através das novelas, e ao que parece, já que Maneco não colocou nenhuma mulher apaixonada comendo soja trangênica, mesmo que alguns grupos de esquerda tenham feito um abaixo-assinado para que a causa dos problemas mentais da ciumenta passional fosse esse, a solução foi encomendar à Glória Perez uma novela que se chamará "Trangênico", aproveitando o sucesso de "O Clone". Já estão em negociações com Michael Jackson para que ele faça uma participação especial como o primeiro ser-humano a ser geneticamente modificado.

quarta-feira, outubro 01, 2003

É, Drummond...

É, meu velho, vai chegando seu aniversário e você vai colocando as manguinhas de fora. O que será dessa vez? Vai soltar a bruxa como no seu centenário me fazendo sentir completamente só?
Quem vai embora dessa vez? A quem vou ter que pedir em vão para que não se afaste, não se afaste muito?
.
E agora, Drummond, o que me aguarda?
Será que mandou "A Bruxa" me assombrar como castigo por ter feito, no ano passado, essa brincadeira com seu poema:

E agora, Maria?
O Salto quebrou,
O cartão de crédito estourou,
O povo sumiu,
A meia desfiou.
E agora, Maria?
E agora, Você?
Que tem mil sobrenomes,
Que esnoba os outros,
Mas não paga o que deve,
não ama, não pensa.
E agora, Maria?
Está sem celular,
Está sem dinheiro,
Está sem seu carro,
já não pode beber,
já não pode cheirar,
unzinho já não pode,
a noite esfriou,
seu casaco furou,
o dia não veio,
o táxi não parou.
Não veio a carona,
e a escova desmontou,
E agora, Maria?
Sua lipo,
Sua unha,
Seus remédios pra emagrecer,
Seu guarda-roupa não renovado,
Sua intolerância,
Seu parque de diversões - e agora?

Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Mas tá bêbada demais.
Quer ir a Maresias,
Mas ninguém te convidou.
Quer ir ao Shopping,
Mas o Shopping já fechou.
Maria, e agora?

Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você dançasse
A dança do Tigrão,
Se você dormisse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é uma instituição, Maria!

Sozinha no escuro,
qual caçador à caça
do próximo idiota,
Que pague suas contas,
Que a ofereça uma capa de revista
Pra aparecer nua,
Você espera, Maria.
Maria, o quê?

Juro que não acabo com seus poemas, nunca mais, meu velho. Foi só uma brincadeirinha inocente. Desculpa. Manda a bruxa sair daqui, vai... Sempre fomos tão amigos...

terça-feira, setembro 30, 2003

Antes de dormir: momento ansiosa

Outubro está chegando, o novo CD do Belle & Sebastian também...
O site que falaram que tinha as novas músicas, além de não abrir aqui, meu computador está com problemas no HD, o que fez com que eu desistisse de tentar de novo... ai, ai, nada é fácil pra mim.
Mas beleza, outubro está chegando, enquanto ele não chega (lembrando que outubro só chega quando o CD for lançado, ao menos pra mim) , vou passar a semana traduzindo uns mantras do Sanscrito para o Português, quem sabe a ansiedade passa, já que eu não sei meditar mesmo...

Um post cheio de links, como minha preguiça gosta

Começando pela minha amiga fatal, Femme Fatale: mulher de bom gosto musical e mostra que não só "tudo que é sólido desmancha no ar", mas também:





Gostaram do desenho? Chama-se "Anjos e demônios na mesma canção", no blog do autor tem mais um monte, ele é um tanto esquizóide, sendo mais específca ele é:

Agora um moço que eu não conheço, mas desde que ele criou uma certa Associação, virei sua leitora, um tanto escondidinha, como sou de todos os blogs de pessoas que não conheço, mas estou sempre dando uma olhadela nos escritos do rapaz que são muito bons:

E por fim, não um blog, mas um site para quem gosta de MPB, assim como eu. Já tinha dado os créditos quando coloquei a música da Alice Ruiz em parceria com Itamar, mas resolvi colocar link ali no canto, porque o site também é página oficial dessa poeta maravilhosa e compositora, que descobri no Show e acabei conhecendo mais no:

Ufa! tanto link... acho que não vou colocar mais links por um bom tempo, o problema é que fui descobrindo que vários amigos têm blogs, aí, é quase um link novo por semana, ainda bem que gente que não conheço só coloco link se gosto muito do blog.

domingo, setembro 28, 2003

Canção para minha mãe

Mãe
nome que me deste
fazendo da troca
por vezes
meu papel inevitável

Mãe
A parte de mim
saída de ti
numa gestação
improvável

Mãe, tu és.
És minha filha, minha amiga
És mãe, minha sina
a gota de leite
no café da esquina
O sorriso pendente
na boca de tua menina.

Mãe
A fôrma da força
A forma da chuva
na nuvem que desenha o céu
Trovões enfeitando a voz
raios que contornam o véu
sobre a cabeça que sustenta os pés

Mãe, tu és
És minha filha, minha amiga
és mãe, minha sina
A gota de leite
no café da esquina
O sorriso insistente
na minha boca,
Tua menina.


**** Sim, sou Edipiana confessa.

Sinto-me como o funk carioca
Sendo defendido por Caetano
A tapioca
em termos chicobuarquianos
Sinto-me como os sentimentos
fingidos através de palavras
O poeta
alimentando sua vaidade
ao devolver ao mundo
os versos que ninguém vê

Outra moça

Moça falante. Cafeínada.
Loira com auto-crítica, isso é bom.
(Alfinetada porque não veio pra me ver e ainda falou isso na minha cara).
Inteligente.
Bonita:
tem a beleza dos que vêem tudo
enxergam mais e dizem o que viram;
a que vieram.
Geminiana, é o que repetia
Não entendo de signo, mas se ser gêmeos é assim
É bom ter muitos gêmeos
por perto.
Só não digo que é "dois em um"
porque é magra demais
para ser duas.
(Massageada porque me fez sentir
menos peixe fora d'água)

(*** Quando vier numa Quarta-feira e tiver a noite livre e quiser ver aquele "moço da voz chata", como diz sua mãe, sabe onde me encontrar, será um prazer levá-la pra lá. Foi um prazer, moça.)

Show legal

Bom Show, músicas legais, Alice Ruiz manda bem nas "letras", Alzira Espíndola manda bem nas músicas e a Zélia na participação.
Faltou minha filhóta pra ver a Zélia (que ela tanto ama), conhecer a ex Sra Leminski, Alice Ruiz, a Alzira Espíndola e por tabela meu querido professor que estava lá, mas na platéia. Me reconheceu, deve ser porque eu sou a única com óculos vermelho-olhepramim da sala de LBIV.
Bem, as letras de Alice falam por si só, Itamar que não fala mais, pois já disse tudo, fala com ritmo e eu, cansada, sem dormir em casa há 3 dias, uso os ditos deles que são melhores do que eu nesse negócio de dizer:


Milágrimas
(Alice Ruiz e Itamar Assumpção)

em caso de dor ponha gelo
mude o corte de cabelo
mude como modelo
vá ao cinema dê um sorriso
ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo

se amargo foi já ter sido
troque já esse vestido
troque o padrão do tecido
saia do sério deixe os critérios
siga todos os sentidos
faça fazer sentido
a cada mil lágrimas sai um milagre

caso de tristeza vire a mesa
coma só a sobremesa coma somente a cereja
jogue para cima faça cena
cante as rimas de um poema
sofra penas viva apenas
sendo só fissura ou loucura
quem sabe casando cura ninguém sabe o que procura
faça uma novena reze um terço
caia fora do contexto invente seu endereço
a cada mil lágrimas sai um milagre

mas se apesar de banal
chorar for inevitável sinta o gosto do sal do sal do sal
sinta o gosto do sal
gota a gota, uma a uma
duas três dez cem mil lágrimas
sinta o milagre
a cada mil lágrimas sai um milagre


Quer saber mais sobre Alzira, Alice e todos os artistas da MPB? Entra nesse site:MPBNet - conheci hoje, tanto o site quanto a moça que escreve, ambos muito legais. Vale conferir.

Hoje

Desencontro desmarcado.
Moça quieta, calada.
Traz a roça pro elevador e leva o elevador pra roça.
Tem pressa, mas parece não saber aonde a pressa vai levar.
É bonita:
tem a beleza dos observadores
que nada vêem e tudo enxergam.
Distraída.
Tímida.
É a primeira impressão,
dizem que é a que fica.

sexta-feira, setembro 26, 2003

Só entende quem menstrua- Parte IV

- Tá quietinha, o que foi?
- Nada...
- Já sei, TPM!
- Não...
- Cólica?
- Também não.
- Então o que foi?
- Nada, já disse...
- Mas você nunca foi quietinha, você sempre falou demais.
- E você não gostava...
- Só que você nunca ficou quietinha, mesmo eu não gostando. Tem outro na jogada, né?
- Que eu saiba não...
- Tá vendo, há uma possibilidade de haver outro!
- Eu não disse isso...
- Mas tem, não tem?
- Já disse que não.
- Então por que você está quietinha?
- Ah, você reclama que eu falo demais, aí eu paro de falar e você continua reclamando...
- Mulheres não conhecem um meio termo?
- Homens não sabem fazer outra coisa senão reclamar? Toda hora é uma coisa, eu não aguento mais! Ou é porque eu falo, ou é porque eu fico quieta, ou é por causa do meu cabelo, ou da minha saia. Sempre um motivo para falar alguma coisa, sempre um motivo pra reclamar. Se não é da minha TPM, é porque eu estou menstruada, se não é porque eu não quero sair, é porque eu quero sair. Que droga, o tempo inteiro falando alguma coisa...
- Hum... você não tinha decido a ficar quietinha?

quinta-feira, setembro 25, 2003

Bicha qué, bicha faz!

Bom, eu gosto de preto (opa, da cor "afro-brasileira", desculpa aí meu anjo). Enfim, eu gosto da cor, da pele, dos homens, já diria alguém que esqueci, na voz de Elis, "Black is beautiful".
Mas não quero ficar de luto por muito tempo e como o moço não se manifesta (isso não é uma cobrança), eu vou mudar essa coisa sozinha mesmo, porque já disse a personagem do filme "Amarelo Manga": Bicha qué, bicha faz!
Aceito sujestões de cores... pensei em azul (minha cor favorita), pensei em Amarelo Manga, pensei algumas cores...
Depois decido, não será para agora mesmo, vai ser para daqui umas semaninhas que eu tô cheia de textos para ler e não vou ter tempo para ficar brigando com códigos.
Além disso, tenho uns poemas felizes para escrever, porque é primavera e eu ando com vontade de ficar florida, eu ando com vontade de tirar o melancólico do meu Feliz! Eu quero ir para além do arco-íris conversar com meu sobrinho Ricardo, o guardião do pote de ouro e de muitos sorrisos meus. Eu estou com vontade de andar numa andança cega, silenciosa, sem pressa com trilha sonora de João Gilberto cantando "Chega de Saudade". "É isso aí, vai, minha tristeza... que eu não posso mais sofrer"

quarta-feira, setembro 24, 2003

TUDO!

Vocês viram Edy Carlos no Jô?

Para Negro Anjo

"Que original! Apaixonada por um ator global..."

Perdi a porcaria do e-mail! Póxingá, eu deixo...

terça-feira, setembro 23, 2003

O Filho da Noiva

O Filme:

Um velhinho apaixonado por sua esposa mesmo após 44 anos de casado e ela estando doente. Tenta a todo custo realizar o sonho de sua esposa, casar-se na igreja, porque ela aceitou as suas convicções de ateu e só tinham se casado no civil. Seu amor é tão grande que promete amá-la mesmo depois do "até que a morte os separem".

( Segunda-Feira, 22 de Setembro - "O Filho da noiva" - filme argentino, única sessão às 18h20min, no Belas Artes-Rua da Consolação/SP)

Realidade que parece ficção

Um homem me deseja ser feliz no casamento como ele foi e continua sendo, mesmo depois de 36 anos ao lado de sua esposa. Disse não haver pessoa melhor no mundo que sua amada esposa e não a trocaria por nada nesse mundo, pois ela foi a melhor coisa que aconteceu na vida dele, nem ganhar na loteria sozinho seria tão bom.

(Sábado, 20 de Setembro - Cartório onde fui madrinha de casamento. O Sr me confundiu com a noiva e dirigiu-se a mim desejando-me tal felicidade)

*********


Ao descobrirem que eu iria ao cinema, um casal de velhinhos me recomenda "O Filho da Noiva", pois seu neto os havia recomendado o filme, lembrando-se de seus avós ao assisti-lo e eles gostaram muito. Segundo ele, o filme até que lembrava um pouquinho sua história, mas sua Sra, graças a Deus, continuava lúcida e ciente de seu amor por ela, depois de 40 anos de casados.

(Segunda-feira, 22 de Setembro - Av Paulista/SP - ao sair de uma Fotoptica e encontrá-los indo ao cinema também).

Realidade real

Foi casada por 10 anos, duas filhas adolescentes, não quer nem ouvir falar no nome do marido que nem sequer vai visitar as filhas ou paga pensão.

(Quinta-feira, 18 de Setembro - ponto de ônibus da Francisco Morato/SP - Conversas típicas que se tem ao esperar o ônibus para voltar para casa)

*********


Foi casada por dois anos até que descobriu que seu marido era gay ao pegá-lo numa casa noturna se atracando com um travesti.

(Não lembro a data -Bandeijão/USP - Conversa com uma amiga me contando sobre uma outra amiga sua)

*********


Uma garota de 29 anos reclama ter deixado tudo para trás para se casar. Estava apaixonada e levada pela paixão, largou os estudos, foi contra os pais que não queriam seu casamento, e viveu ao lado de seu marido durante 7 anos e só durou esse tempo, porque ela não tinha para onde ir com a filha.
Hoje, não quer ver seu ex-marido e move uma ação na justiça para tentar faze-lo pagar pensão para filha que ele não vê há dois anos.

(Segunda-Feira, 22 de Setembro - lotação que me trazia para casa- uma mulher volta-se para mim e começa a contar sua história. Desabafos típicos dentro de ônibus)

*********


Lembrei da frase do filme, em que o filho do casal ao ver seus pai todo apaixonado por sua mãe diz: "olhando para ele é como ver Fred Asteir, parece tão fácil..."
E se você quer se emocionar, vá assistir "O Filho da Noiva", mesmo que seja daqueles que acha que um filme que não "fala" inglês é coisa de intelectual, corre pro Belas Artes e assiste, vai ver que o filme é lindo, engraçado e apaixonante. Como eu mostrei aqui, não é nada fácil encontrar um amor como o filme relata, mas dá pra encontrar sim...

Ibest, o que é isso?

Não queridos leitores, não sou eu que estou concorrendo ao Ibest, é o site que hospeda meus comentários, por isso está cheio de logo do ibest aqui.
(E acho que se depender do meu amigo Frank, que vive reclamando que a porra dos comentários não funciona, o site não vai conseguir muitos votos não, pelo menos o dele é certeza que não.)
Digo isso, porque vai que alguém pensa que eu fiquei louca a ponto de inscrever esse blog na premiação, afinal, eu não tenho leitores suficientes, nem minha família é tão grande assim para que eu possa concorrer Isso é coisa pra BlogStar, não pra mim.
Aliás, votei no moço, mas não vou colocar propaganda porque o Ibest não tá me pagando nada pra ter tanto logo aqui, já basta o dos comentários!!!

segunda-feira, setembro 22, 2003

Grávida de felicidade

Esperei, como Jacó por Raquel
Esperamos, como a Bíblia para ser lida
Em uma espera vã por fiéis.


Esperamos como ateus convictos
a vinda e a volta de um cristo,
Absolvidos da culpa
de um dia acreditar na espera.

Esperamos para esperar
grávidos de felicidade
atropelados pela limosine
que aguardava a vida e
os sonhos, mas transportava
o caixão que conduz à morte.

domingo, setembro 21, 2003

Luto

Esse blog está de luto e continuará assim até que o Superid mude o layout, como havia me prometido.
Não, isso não é uma intimação para que o moço cumpra a promessa, o blog está de luto porque a menina que minha amiga esperava faleceu. Minha quase filha, quase afilhada, nasceu nessa última quinta-feira e morreu após alguns minutos de vida. Não resistiu. Só me avisaram hoje, dia em que ela completaria 6 meses. Esconderam de mim e eu, entretida com os preparativos do casamento de uma amiga, na qual eu ia ser madrinha, não pude ir ao Hospital e quando tentava ligar, ninguém atendia ou só dava caixa postal.
Ironia do destino, recebi a notícia quando estava lendo o blog: Grávido pela primeira vez, e tive a idéia de colocar a fotinho da minha menina, como faz o pai de primeira viagem, autor desse blog, e estava ansiosa para contar isso à minha amiga e mostrar esse blog para ela.
Triste.
Até tinha feito um poema pra ela, pois esperávamos que ela só nasceria hoje, quando minha amiga completaria 6 meses de gestação. Ela ia chegar junto com a primavera, certamente seria uma flor.
Vou rasgar a droga de poema.

Vai, cai!

Sou toda mais ou menos:
Transito entre dois pontos,
escolho um terceiro.
Ora quero um colo,
ora só meu travesseiro.

Srta Coisa disse: "parece Leminski" - eu fiquei pra lá de feliz, fiz um hai kai que alguém associou a Paulito!!!!! Felicidade, foi o que srta Coisa me deu ao dizer a frase e completar: "Leminski e você tem tudo a ver".

Gosto

Tô sentindo um gosto de desgosto.
Gosto de domingo.

sábado, setembro 20, 2003

Convite

Falando em domingo e segunda, lembrei que quero ver Dom.
Alguém quer ir comigo nessa segunda-feira? Se quiser, me liga aí...

Definitivamente, não vou ao cinema domingo, muito menos nesse, tô morta!
Hoje fui madrinha de casamento e lembrei porque sempre disse: "Não vou em casamentos, nem no meu..."

Se a justiça enxergasse, todo domingo seria legal.

Ei, amanhã poderá ser um domingo legal, pois o programa do Gugu Liberato até o presente momento continua suspenso do ar, obtendo assim, alguma legalidade nas tardes ilegais do primeiro dia da semana.
Eu, odiadora ferrenha das tardes dominicais, mesmo sem me aproximar da caixa imediata produtora de imagens sem qualquer imaginação, creio que todos os programas, com exceção de alguns documentários exibidos pela TV cultura e, claro, a exibição dos jogos do campeonato brasileiro, deveriam ser suspensos do ar aos domingos, pois só assim a TV aberta não cometeria nenhum atentado contra a inteligência do telespectador e poderia não ser indiciada por atentado violento ao pudor, sem contar nas inúmeras ilegalidades cometidas pelos tais programas populares que violam sobretudo os direitos humanos, transformando ignorância em audiência, miséria humana em espetáculo.
Mas ainda que isso acontecesse, os domingos só seriam legais no sentido de cumprir leis, porque não consigo achar nada de bom nesse dia tão entediante.
Domingo é dia de prostrar-se diante da TV, de preferência com ela desligada, para poder ouvir aquela angústia inesperada após o exagero alimentar provocado pelo almoço caprichado das mamas de todas as famílias. Sair ao portão e seguir com o olhar aquele papel de bala guiado pelo vento por todas as retas e curvas da rua completamente deserta.
Domingo é dia de ligar para o amigo, ao findar a tarde, para tirar sarro da cara dele porque time para qual ele torce, perdeu; ou tirar o telefone do gancho para que ele não faça o mesmo, caso tenha sido o seu time o perdedor. É dia de namorar, para quem tem seu par, de sentir a mais completa solidão, para quem não tem ninguém.
Dia de ir à loca caçar, de ficar em casa e sonhar.
Domingo é dia de se suicidar, de morrer ao final da noite e levantar na segunda-feira, novinho em folha, de mau-humor, mas com a esperança de ter uma semana diferente, embora saiba que será igualzinha a todas as outras.

Sonhos e Delírios

Um belo dia ele me disse que transformaria meia hora de conversa comigo em uma boa história. Bom, se um dia eu deixar de ser um olhar coadjuvante das histórias alheias, já tenho a quem chamar para escrever a minha biografia.
Mas por enquanto, eu vou me aventurar a sonhar os sonhos alheios escritos por alguém que transforma delírios em boas histórias e me convenceu que conseguiria transformar o que eu digo em algo interessante para o leitor:

sexta-feira, setembro 19, 2003

Ei, isso é funk!

Foi o que eu disse para o Negro Anjo. Ele disse: "não, não deve ser..." - Logo respondi: "Olha, pelo menos cabe a palavra macho ali...".
Depois uma garota abriu a porta que separava o sofá da pista e a gente ouviu: "Elas estão descontroladas".
Que era Funkcarioca era, mas eu fiquei intrigada, pois não tem "macho" nessa música... Hoje, Pedrinho chega cantando:

"Não adianta de qualquer forma eu esculacho
Fama de putona só porque como seu macho
"


Eu sabia que tinha ouvido a palavra macho lá no supperclub!
Tudo bem que só ouvi... pegar que é bom, NADA!

quinta-feira, setembro 18, 2003

Da série: sorrisos que eu beijaria


Matt Damon

quarta-feira, setembro 17, 2003

Todo chinelo velho tem seu pé doente

Questiono-me o tempo inteiro, faço perguntas sobre a minha solidão. Antes não fazia, porém, parafraseando Simone de Beauvoir em Todos os Homens são mortais , já não é mais a solidão orgulhosa de outrora, agora sou uma mulher perdida sob o céu. Isso se deve ao ano atribulado que tive e ainda estou tendo, a como me senti sozinha, com a necessidade de ser amada.
Faço inúmeras teorias e perguntas como: "quem aguentaria uma mulher que não liga em sair de casa com pasta de dente no canto da boca, sem o menor saco de passar um batom e que filosofa até em propaganda de cachaça"?
Aquele discurso de que o importante é o conteúdo é muito bonito, mas sabemos que não é bem assim e, também, conteúdo demais irrita as pessoas. Filosofia demais enche o saco e eu sei que falo demais e irrito as pessoas.
Eu sou "demais", no sentido literal da palavra, não da gíria. No sentido da música do Tom Jobim, também. Às vezes acho que vou passar minha vida esquecendo uma pessoa, porque eu não sei esquecer, minha memória é uma maldição. Esqueço das coisas práticas, mas a subjetividade assombra meu cérebro e posso dizer cada detalhe de uma conversa que tive com alguém há mais de dois anos, inclusive seus gestos.
Contudo, acho que, apesar de tudo, apesar de estar sozinha, tenho me feito outra pergunta, muito mais importante. Tenho perguntado se vale realmente a pena querer parecer alguém que não sou, só porque algumas pessoas se irritaram com meu jeito, porque me senti ridícula em algumas situações e, principalmente, se sou tão ruim assim como tenho me pintado (e como algumas pessoas me pintaram também).
Minha madrinha dizia: "todo chinelo velho tem seu pé doente". Devo ter meu pé doente, quem sabe o velho chinelo guardado atrás da porta, saia de lá hoje mesmo. Quem sabe ele resolva andar sozinho, sem pé algum. Ou talvez eu encontre, já na maturidade, um amor, dado assim, de presente....

Campo de flores

(Carlos Drummond de Andrade)

Deus me deu um amor no tempo de madureza,
quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.
Deus-ou foi talvez o Diabo-deu-me este amor maduro,
e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.

Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos
e outros acrescento aos que amor já criou.
Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso
e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.

Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia
e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros.
Amanhecem de novo as antigas manhãs
que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.

Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra
imensa e contraída como letra no muro
e só hoje presente.
Deus me deu um amor porque o mereci.
De tantos que já tive ou tiveram em mim,
o sumo se espremeu para fazer vinho
ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.

E o tempo que levou uma rosa indecisa
a tirar sua cor dessas chamas extintas
era o tempo mais justo. Era tempo de terra.
Onde não há jardim, as flores nascem de um
secreto investimento em formas improváveis.

Hoje tenho um amor e me faço espaçoso
para arrecadar as alfaias de muitos
amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes,
e ao vê-los amorosos e transidos em torno,
o sagrado terror converto em jubilação.

Seu grão de angústia amor já me oferece
na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia
os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura
e o mistério que além faz os seres preciosos
à visão extasiada.

Mas, porque me tocou um amor crepuscular,
há que amar diferente. De uma grave paciência
ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia
tenha dilacerado a melhor doação.
Há que amar e calar.
Para fora do tempo arrasto meus despojos
e estou vivo na luz que baixa e me confunde.

terça-feira, setembro 16, 2003

Antes de ir dormir: momento PAM

Estou vendo a vida passar, permissiva, passiva, até a morte.

(Desde que ouvi a sigla, quis usá-la numa frase! Acho que sinto-me tão feliz quanto Caetano ao usar a palavra "avesso" em "Sampa")

Ontem

Trilha sonora: "Ok Computer" - Radiohead
Conto: "O Capote" - Gógol
Poema: "Convite triste" - Carlos Drummond de Andrade
Romance: "Angústia" - Graciliano Ramos

-Você leu o romance ontem?
Não, né? Dei uma folhadinha, já li esse romance, tão "Crime e Castigo"...
Só dei uma relida nas passagens que eu mais gosto.




domingo, setembro 14, 2003

Se acaso me quiseres...

Conheci um anjo, um negro anjo que me odiou. Sim, eu sou uma pessoa de fácil "odiação", difícil "aceitação". Segundo o próprio, sem noção...

Mas, como tudo na vida muda, dá volta, o negro anjo agora cuida de mim nas baladas... (piada interna!)

Bom, apresento:



***E quero ler alguém dizendo que MEU blog é gay! -(Diretamente direcionado à dona do palácio e ao seu Superid)

Aí, pergunta o meu coração, que prazer tem bater se ninguém vai ouvir...

Final de semana regado à festa electro (nome bonito pra funk de gringo), regado a choconhaque, muitas risadas, pessoas legais, a companhia mais que agradável de Sid em todos os lugares. Final de semana ROSA.

Mas apesar de tudo, o coração pergunta: "que prazer tem bater se ninguém vai ouvir?" - e não pára de perguntar milhares de vezes, a cada batida, a cada tum tum que ninguém ouve ou se importa com seu bombeamento. Respondo a ele: " bate para manter-me viva" - mas logo retruca- "está viva mesmo?".
Coração sábio, nem parece que é meu. Faz pergunta difícil, não sei responder. Que prazer tem bater, ninguém vai ouvir. Ninguém quer ouvir... e às vezes pergunto: eu quero que ouça?
Pergunta difícil faço a mim mesma, em alguns rompantes de inteligência. Não sei responder. Mas ele continua batendo e cansado de apanhar. Apanhou e ficou com medo, muito medo, mas agora surpreende-me com tais perguntas, com a necessidade de uma cabeça em meu colo ouvindo-o. Com a urgência de bater descompassado e nervoso, transbordando de prazer por saber que alguém quer ouvi-lo... que alguém vai ouvi-lo...

quinta-feira, setembro 11, 2003

Ei, você aí

Ei, você. É, você mesmo. Já se apaixonou? Já se encantou com detalhes de alguém que só você consegue enxergar e que ninguém mais vê? O jeito com que ele ou ela sorri, com que fica em silêncio e desvia o olhar timidamente por algo que alguém tenha dito. Às vezes até pela forma com que a pessoa fica nervosa e você, conhecendo-a como só você a conhece, percebe imediatamente o que está havendo.

Sabe aquele hesitar de mãos? É, esse mesmo... e aquela felicidade inesperada que arrebata-o logo cedo, transformando um dia chuvoso e aparentemente sem graça, num dia lindo só porque você recebeu um e-mail, um telefonema, ou o encontrou no dia anterior.
Ah, as possibilidades... ela é uma possibilidade, ainda que remota, mas você tem nela uma possibilidade. Já disse um poeta mineiro, Jovany Sales Rey, em seu livro "Possibilidades": "não há vinho tão inebriante quanto a champanhe cintilante da possibilidade".

E quando bebemos dessa champanhe, passamos a suspirar reticências... Já suspirou reticências? É bom, né?

Pois é, há dois anos que não sinto nada disso. Em pensar que há dois anos atrás, exatamente quando aconteceu o atentado, eu estava tão apaixonada que só fiquei sabendo da notícia porque meu irmão falou. De qualquer forma, não me queixo, o inesperado quer chegar, eu deixo*.
Mas ô inesperado que nunca chega!!!


* Adriana Calcanhoto em "Bagatelas".

quarta-feira, setembro 10, 2003

Coisinhas

Primeiro: Pedrinho aceitou meu pedido e ontem foi aniversário dele, todo mundo deixando parabéns aí prêle!!!

Segundo: Estou triste, muito triste e essa semana vou ver se meu "filho" vai sobreviver. Não, não é uma metáfora, não é a minha já sabida "gravidez de felicidade". Minha melhor amiga está quase perdendo o bebê pela terceira vez e sei lá, se você tem fé, sabe rezar, acredita no poder da mente, então faz um favor pra dama e mande pensamentos positivos para que até dia 20, quando ela completa 6 meses de gestação, o bebê não teime em querer nascer, porque de 5 meses os médicos falaram que ele não sobrevive.

Terceiro: Post meu nos Detalhes Distantes, entrem lá e conheçam meu lado filosófico canastrão.

Fui.

terça-feira, setembro 09, 2003

Indiereta mais que direta!

Pedrinho convidou-me e disse: "quero você lá".
Vamos à aulinha de português:

O verbo querer, quando utilizado como verbo transitivo direto (VTD), ganha o sentido de "desejar", como o verbo uelle que significa querer (em latim), mas tem um sentido maior de um simples querer.
Se eu digo: "quero você"- estou dizendo que desejo a quem estou destinando o "você". Portanto, Pedrinho acaba de me dizer que estará me desejando no local onde comemorará o seu aniversário.

Então, pergunto ao menino experimental:

Posso considerar como um SIM ao meu pedido de casamento?


domingo, setembro 07, 2003

Ai, se eu fosse você... eu voltava pra mim de novo!

Meu irmão foi ver "Lisbela e o Prisioneiro", eu não vi ainda e não sei se irei ver. Nada contra o Guel Arraes, muito menos aos atores. É que esse filme é uma adaptação da peça de Osman Lins, autor de "Avalovara" que é um livro que eu AMO, e o Edu fez a coisa mais fofa do mundo ao me dá-lo de presente. Tenho medo de me decepcionar demais e por isso não vi.
Ao chegar em casa, meu irmão pergunta se eu conhecia a música que a Elza Soares canta na trilha. Pedi para que ele cantarolasse e... Céus! É "Espumas ao Vento", uma música gravada pelo Fagner, mas é de Accyoli Neto.
Essa música me lembra quando estive em Aracaju! Ai que saudade de Aracaju... que saudade de Atalaia Velha, da rua 24, do Barramares, de todos os bares da Orla, e foi num desses bares que conheci essa música. Confesso que não foi nada agradável ouvir: "Ai se eu fosse você/eu voltava pra mim de novo", pois eu tinha acabado de levar um pé do meu primeiro namorado e tinha ido pra lá na intenção de afogar as mágoas e esquecer...
Mas hoje, acho até engraçado... E essa música cantada pela Elza Soares ficou maravilhosa! Se a Elza tivesse gravado nos idos de 98, acho que até mandava pro meu ex... ah, com a Elza dizendo pra voltar, eu voltaria, vocês não?

"Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir "


(Chico Buarque - "Eu te amo")

Só entende quem menstrua - Parte III

Primeiro mês de namoro:

- Oi, tudo bem?
- Mellhor você não me perguntar isso...
- Ué, por quê?
- TPM, vou querer explicar, vou chorar... tá tudo ruim...
- Ô, meu amor, vem cá que eu te dou colo.
Dias depois:
- Tá tudo bem?
- Não. Cólica.
- Vem cá, eu te aperto nos braços e te esquento.

Quarto mês de namoro.

- Entra aí.
- Que delicadeza!
- Ih! TPM... ô droga, acho melhor a gente nem sair hoje.
- É também acho. Você tá um chato!

Dias depois:

- Que foi?
- Cólica.
- Ô droga! Melhor nem sair, não sei o que é pior, TPM ou CDM. A gente nem vai poder transar.
- Você só me leva pra sair por esse motivo?
- Hum... é... quero dizer... cla.. claro que, ah, eu vou indo, até, toma um remédio pra ver se melhora.

Sexto mês de namoro:

- E aí, tudo bem?
- Tudo e você?
- Ei, não era a época de TPM.
- Era sim, nem lembrava...
- Xiiiiiii...

Dias depois:

- Tudo bem?
- Tudo.
- Mesmo?
- Mesmo.
- Cólica?
- Não, não menstruei.
- Como não? É o dia, não?
- Ah, não sou tão reloginho assim... vamos esperar mais dois dias...

Cinco dias depois:

- Desceu?
- Você me ligou há cinco minutos atrás perguntando a mesma coisa. Já disse que te aviso.
- Não esquece, hein?
- Tá, que horas você vem me pegar?
- Às 21hs.
- Eu te espero.


- Oi, tudo bem?
- Não, cólica.
- Sério? Desceu?
- Sim, tentei te ligar, mas seu celular só dava caixa postal.
- Devia estar fora da área.
- É.
- Mas assim, é certeza?
- Claro, eu tô morrendo de cólica! Dói tanto...
- Uhu! Eu te amo! Deus existe! Deus existe! Vem cá, meu amor, eu te aperto nos braços e te esquento.




sábado, setembro 06, 2003

Nota para explicação

Isso aqui é um BLOG, ou seja, uma página em que você escreve a besteira que quiser, a hora que der vontade. Não é um jogo de damas, ou até pode ser um jogo de damas, no sentido de "entre damas", porque sou uma Dama com um jeito um tanto "aviadado" e vivo falando de TPM, mudança de comportamento, escravidão hormonal e outras coisas.
Então, queridos, se vocês vieram atrás de um jogo, só vão encontrar jogos de palavras de uma mocinha com a cara da Bety Boop, a quantidade de álcool da Rê Bordosa, o humor da Mafalda, a sorte do Charlie Brown, a facilidade em se expressar da "fessora"- (sim, da tirinha do Charlie Brown), e a imaginação do Calvin!
Esse espacinho em azul, escrito: "jogue comigo", é para que vocês digam algo sobre o que eu escrevi, ou então, sobre o que quiserem. Podem até me falar: "oi, legal o seu blog, visita o meu"- que eu não ligo, acho até que pessoas assim dizem a que vieram, ou seja, vieram para que eu as visite. Podem falar mal, dizer que eu tô viajando, enfim, podem que eu deixo vocês se expressarem da forma que quiserem, afinal, coloquei comentários para isso.
Mas é que esse povo que diz: "quero jogar damas", ou então: "vou te ganhar", eu não faço idéia do que está querendo, já que é só ver o layout dessa página e perceber que não tem nenhum tabuleiro. No msn messenger versão 6.0 tem jogo de dama, no yahoo jogos também. AQUI NÃO!
E pra jogar essa dama para algum lugar, vai ter que ser no mínimo gente boa, e se for uma pessoa encantadora, eu mesma jogo-me "a teus pés..."
Agora, pra ganhar a dama aqui, flores, presentinhos, um cinema, um botequim... ôpa, isso é coisa do Sid... eu tô mais pra livros de filosofia, linguagem, literatura russa, filosofia, poesia, filmes chineses, franceses e italianos, teatro...
Hum, começo a entender porque ando sozinha...

Da série: Sorrisos que eu beijaria


Wagner Moura




Moura, beduína, mouros... hum...

Perguntas importantes para Humaninade

" Cu de play tem dono? "
(Dona do Palácio)

quinta-feira, setembro 04, 2003

Para uma amiga

Queria pedir desculpas. A internet tem dessas coisas, às vezes alguém quer falar com você, manda mensagens que você não pode responder, porque tem alguém do seu lado.
Foi isso que aconteceu ontem, meu tio estava do meu lado e eu não pude dar a atenção devida a uma pessoa que, apesar de não saber nada sobre ela, gosto de um jeito que eu jamais saberia explicar.
Ainda escrevo, seja nesse blog, ou nos meus inúmeros arquivos do word, ou mesmo em caderninhos de anotações, porque há um tempo atrás recebi o e-mail dela dizendo que os meus escritos a faziam bem. Já disse Drummond que lutar com palavras é vão. Concordo, mas sempre disse a mim mesma que se os meus versos, ou minha prosa, tocassem alguém que eu jamais vi, ou soubesse quem é, valeria à pena tê-los escrito. E esse e-mail me fez achar que valeu.
Esse poema é um dos meus primeiros, é triste, sou uma dama um tanto triste, fala sobre os meus versos e quero oferecer à Kilvia, já que desde seu e-mail, tornou-se uma das mais freqüêntes destinatárias dos meus escritos:

Triste

Para Kilvia

Meu verso é triste quase um grito
Que se encanta em cantos e simplicidade
Palavras a fingir o que sinto
andando à beira da insanidade

E se mostra em versos a solidão
emana a lágrima e precede o pranto
de uma dor que explode e se faz canto
unindo em partes meu coração

É fogo que aqui dentro arde, pura vida
paixão escondida que por meus dedos corre
razão de um sonho d'alma expandida
num olhar tristonho de alguém que morre.



terça-feira, setembro 02, 2003

Como é grande o meu amor por você

Existem pessoas que quando entram na sua vida, entram pra ficar. O
Márcio é uma delas. Caramba, além de ser uma pessoa linda, maravilhosa e que me faz sentir realmente amada, ainda consegue me arrancar sorrisos dedicando poemas à essa pobre dama que respira poesia.

Eu ia agradecer nos Detalhes Distantes , mas há tanto tempo que eu não recebo nada dedicado a mim que achei melhor agradecer aqui e deixar o poema como último post do blog, ao menos por enquanto.

Márcio, EU TE AMO MUITO!

A vida em cinza

Desci na Av. Paulista, próximo ao metrô Consolação, após duas horas dentro do ônibus. O famoso Paraíso que sempre pegava para ir à Cásper Líbero quando estudava lá. Queria pegar a sessão das 19hs de um outro filme, não ao que eu assisti. Queria ter ido ao Belas Artes, não ao Espaço Unibanco. Ao contrário do que todo mundo pensa, eu ODEIO o Espaço Unibanco, mas eu não posso fazer nada se os filmes que nunca chegam às locadoras perto da minha casa, só passam lá. Fora isso, Shoppings são ainda piores, eu me sinto ainda mais extra-terrestre nesses lugares. Tudo é sempre muito caro, inclusive o ingresso para o cinema, e as pessoas me olham com ar de: "Ela se acha suficientemente magra, bonita e bem vestida para estar aqui? Coitada..."
No Espaço Unibanco eles me olham com ar de: "Ela se acha intelectual e cool o suficiente para estar aqui?" Mas pelo menos lá, se eles puxarem papo comigo, eu cito uma meia dúzia de escritores que eles jamais ouviram falar, falo daquele filme do Fellini que eles acham que entenderam e indico as melhores traduções de alguns escritores Russos que eles juram que gostam, mas nunca leram nenhum dos livros menos divulgados.
Vi o filme "Amarelo Manga", o único que tinha sessão às 20hs. O do Paulinho também, mas ver pela quarta vez é demais. Bom filme, embora eu só ouça tanto palavrão ao mesmo tempo quando encontro com minha tia. O Matheus está impagável.
Saí do Espaço Unibanco e segui meu rumo à Paulista. Não gosto de pegar ônibus em frente ao McDonald's que faz esquina com a Augusta. Tenho manias esquisitas, uma delas é ter trauma de deteminados pontos de ônibus. Na Paulista, por exemplo, eu me recuso a pegar ônibus no ponto da Gazeta, porque me lembra a época em que eu estudava na Cásper Líbero. O da Augusta me lembra o dia em que meu pai caiu no banheiro e eu lembro até a data: 18 de dezembro do ano passado.
Gosto mesmo é do ponto ao lado do metrô Trianon /Masp, porque ali eu dei o melhor beijo da minha vida, tive conversas maravilhosas com meu sobrinho dentro da "casinha de metrô" e fiquei horas conversando com a Fabi e o Eduardo quando eles estiveram em São Paulo.
Enquanto seguia meu rumo para o ponto, ao lado do metrô Trianon/Masp, um casal no MASP me chamou atenção. Se beijavam tão apaixonados que deu vontade de beijar também. Não o casal, mas alguém que estivesse com vontade de me beijar... Os últimos beijos que dei, acho que as pessoas não estavam com vontade de me beijar.
Continuei minha caminhada e vi uma moça muito feliz por encontrar um rapaz que ela não via há muito tempo. Era tanta felicidade que tive vontade de encontrar alguém que não via há muito tempo, contudo, não me lembrei de ninguém, que more em São Paulo e eu não veja ou não fale há muito tempo, que fique muito feliz em me encontrar.
Por fim, peguei um ônibus estranho em que você passa na catraca para entrar e passa de novo pa sair e voltei pra casa ao som de "Say a little prayer for you"...
Cheguei em casa e, como não poderia deixar de ser, na rua a trilha sonora era Racionais MC's...


*** Isso era para ser uma carta para o Felipe, mas achei triste demais e resolvi colocar no meu blog mesmo.

segunda-feira, setembro 01, 2003

Dois anos se não houvesse acordo

Hoje faria dois anos se não tivéssesmo feito o clássico acordo. Ele com o pé..

Mas tudo bem, ele sempre será "o meu amor, a minha paz" e eu sei que também sou pra ele... Fazemos um belo "Dueto".

domingo, agosto 31, 2003

Desencontro


Ei, Fulana, topa marcar um desencontro da próxima vez?
Quem sabe assim dá certo...

Again - post repetido.


Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança e não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar

Quem sabe eu inda tenho uma pontinha....

sábado, agosto 30, 2003

VMB

-ô dos velso, isso aí foi terça-feira e todo mundo já falou sobre...

Eu sei que foi terça, mas eu estudo à noite e só vi hoje, na reprise.
Mas não é nem sobre os prêmios que eu quero falar, muito menos do Caetano barbado. Aliás, isso me lembra que uma vez tomei uma breja com um dos caras dos Los Hermanos, isso aconteceu no século passado, e eles faziam sucesso com Ana Júlia. O moço chegou na mesa, sentou e a gente comentou: "já vi esse cara em algum lugar". Reconheci e disse: "Cara, Ana Júlia é muito chato!" - ele riu e disse: "também não aguento mais ouvir e cantar essa música".

Mas isso também não é o que eu quero falar. O que me indignou foi o beijo da Sônia Braga no Júnior! A semana inteira eu liguei a TV e vi chamadas: Sônia Braga beija Júnior. Entro na Internet e só dá banners com foto dos dois e manchetes sobre o beijo. Quando eu vou ver, era só um selinho! Porra, a Hebe Camargo faz isso toda semana em uma porrada de gente.
Ah, se eu fosse o Júnior lascava um beijão na Sônia Braga e eles iam ver o que é polêmica. Pô, a Gabriela Flor do Agreste e do Lotação fez uma plástica que a deixou com a mesma cara de anos atrás. Não está tão gostosa como naquela época, mas ainda merece um beijo dado decentemente.

E por falar em merecedores de beijos, outro que merecia é o Nando Reis. Ele é esquisitinho, parece um dos auto-retratos do Van Gogh, um homem um tanto avermelhado, mas tudo isso lhe dá um certo charme, sem falar no sorriso. Eu beijaria aquele sorriso... Achei bacana a atitude dele quando a menina que estava do meu lado naquele pocket show (que eu não deveria ter ido), tentava tirar uma foto e ele percebendo posou pra ela. Detalhe: era um pocket show, num pocket place, como eu disse, e a garota estava na varanda, só conseguindo vê-lo pela porta de vidro que se encontrava fechada. Por isso achei bacana.

Amanhã!

Amanhã vou conhecer minha amiga de infância!

Pena que a outra amiguinha de infância não vai e o trio de efeitos: "Fulana Gauche", "Ciclana Sinistra" e "Beltrana Links" não estará completo. Mas já chamei outra "esquerda" para participar, a Srta Rosa Julieta nos fará companhia na maratona de copos.


Humpft!

Hum...

Acho que vou entrar para essa associação.
Não me encaixo na primeira condição e nem na terceira, pois não estou amando ninguém no momento e nunca fico amiga de quem estou interessada, afinal, quando eu fico interessada em alguém, gaguejo perto da pessoa, falo um monte de idiotices e mais pareço uma retardada.
Contudo, o fundador dessa associação disse que vai ter leitura de poemas do Drummond. (O lance de chorar embaixo da pia eu não gostei muito não, a pia aqui de casa tá com vazamento...)

Semestre de compositores

Esse semestre estou fazendo aulas com dois compositores. Como não estou fazendo muitas matérias, 50% das minhas aulas na faculdade têm cara de Caetano Veloso (o Wisnick tem um jeito Caetano de ser... é impressionante, pensava que só cantando era parecido), e de Ná Ozzetti (tá, o Tatit não parece com ela, mas eu gosto das músicas dele cantadas por ela. O Ney gravou uma e ficou legal também).

Os caras são bons, mandam bem nas letras (trocadilho infame!).

Mas sabe? O que eu queria mesmo era ter aula prática de educação sexual com Chico Buarque... porém já diria dona Fulana Gauche: Come-se Caetano, Chico e Bethânia NÃO! - E se Chico desse essa aula na minha faculdade não teria vaga mesmo. Quase não tem vaga pra aula de Tupi...

Ê laiá!

Pra completar, quase fui assaltada. Tsc tsc...
Ei, eu sou uma mina de periferia e desempregada, do tipo: pobre, feia, ferrada e metida à letrada. Se levarem minha bolsa não vão ter nem batonzinho pra dar pra nêga, mano!
E na boa, dar livro hoje em dia é ofensa... e é só isso que vão encontrar na minha bolsa!

sexta-feira, agosto 29, 2003

A musiquinha das laranjeiras



Hoje fui olhar meu e-mail e quem me escreveu? O meu amigo querido que me lembra a musiquinha das laranjeiras (ou vice-versa).

All Star
(Nando Reis)

Estranho seria se eu não
Me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias
Mas a Terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias
Do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto
Do seu All Star azul
Estranho é pensar que o bairro das
Laranjeiras
Satisfeito sorri
Quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o doze que é seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto
Como um velho amigo seu
Seu All Star azul combina com o meu,
Preto de cano alto
Se o homem já pisou na Lua
Como eu ainda não tenho o seu endereço?
O tom que eu canto as minhas músicas
Para a tua voz parece exato


quinta-feira, agosto 28, 2003

Um favor

Alguém poderia me convidar para um porre esse final de semana?
-Cê não parou de beber?
-Parei, mas resolvi voltar hoje. Melhor ser chata e ridícula bêbada, assim tem desculpa.

Cadê?

Apaguei.

Grandes perguntas que eu gostaria de saber a resposta!

Por que eu fui no show do Nando Reis se eu sabia o lugar era tão pocket quanto o Show?

Por que eu ainda saio de casa tentando esquecer meus problemas se os levo comigo?

Por que eu ainda levanto da cama?

Por que eu fui à aula do Tatit se eu sabia que não ia conseguir prestar atenção?

Por que eu me sinto ridícula quando vou a lugares em que o preço de um café é quase tudo que tem na minha carteira?

Por que as pessoas são tão pessoas?

Juro que eu queria ir para um lugar onde ninguém me conhece, ninguém sabe meu nome e eu pudesse esquecer que eu sou eu e de repente me tornar uma pessoa... Como eu queria ser igual a todo mundo! Trocaria tudo por um dia de pessoa normal! (Deve ser por isso que sou ridícula o tempo todo, porque vivo tentando ser como os semi-deuses que encontro por aí, mas só eu sou ridícula!)

Bom, pelo menos o dia de hoje valeu por ter encontrado a Márcia que só entrou na fnac para ir ao banheiro, nem sabia que tinha o tal show e me fez rir muito quando brincou dizendo que seu sistema estava nervoso, atacando seu nervo asiático e que logo iria ter um traumatismo Ucraniano se o cara chato que estava ao lado dela não parasse de empurrá-la só para tirar fotos do Nando Reis.
E, é claro, por ter me dado uma força quando, depois de ter ligado em casa, não aguentei e chorei...

Ah, e pela "muisquinha das laranjeiras" que me faz lembrar do Memerson toda vez que ouço e o Nando fez o favor de cantar logo depois de eu ter comentado isso com ela...



quarta-feira, agosto 27, 2003

Ilustração

Já que o Superid disse que letras de músicas em blog é "deveras ilustrativo" e eu estou "tentando" fazer a Fulana gostar de Belle&Sebastian... e creio que estou conseguindo... vai a letra da musiquinha que indiquei a ela hoje:

Women's Realm

I don't care whether you hear this
I don't care if I'm alone here singing songs to myself
There's nobody else around, around
Meet you up at the Indian part of the town
The town's shut down, the people left with their bags
Their kids so there's not a sound a sound

But I must get from there to here
There's a small voice crying on the other side of the river from here
It's too late to phone her now
What went wrong, your grades were good
It would take a left wing Robin Hood to pay for school
Your dad's a boozer and you keep him alive

Just a minute close your eyes
If we settle for this compromise I'll stay with you
The river looks so good tonight
I don't know what's with your friend
She met a boy and at the summer's end
She said she'd had enough of playing games

I don't care cause I'm by myself
All the dancers left but I can't dance
So I will stay and clean the mess they left behind
But I dream as I set to scrub all the floors, the walls
I'm thinking of a song or two, a boy a girl a rendezvous

Are you coming or are you not?
There is nothing that would sort you out
There's nothing I could say or do
You're going to crash, I'll set the bails in front of you
Are you coming or are you not?
There is nothing that would sort you out
An interesting way of life
Deny yourself the benefits of being alive

You slept better in a sleeping train in a shed in a station
With a torch and a Woman's Realm to keep you warm
To keep you company
You slept better in a sleeping train in a shed in a station
With a torch and a Woman's Realm to keep you company tonight

(Belle&Sebastian)

terça-feira, agosto 26, 2003

Quarto em Desordem

Arrumando a bagunça do meu quarto, deparei-me com lembranças de gente que foi embora, fotos de um amigo que morreu e eu fiquei sabendo há pouco tempo.
Fotos da escola, do colégio, dos garotos da banda que nunca teve nome, nunca tocou em outros lugares que não fossem formaturas de amigos, festas de aniversários e nas festas da igreja.
Fotos da minha infância... chorei quando me vi aos quatro anos de idade encostada num sofá, vesguinha e com cara de brava. Chorei quando me vi no colo da minha mãe e lembrei de quando mostrei a foto a um amigo e ele abismado com a forma física de minha mamãe perguntava milhares de vezes: "É sua mãe? É sua mãe"?- Depois disso entendi o porquê da sua vontade de dar o disco "Mata Virgem"- do Raul Seixas a ela. Meu complexo de Édipo, até então, não me permitia admitir essas coisas. Ainda não admite, mas ele está casado agora....
Quase todos estão. Tem foto de filhos de amigos, já!
Fiquei toda atrapalhada com a quantidade de livros, revistas acadêmicas, revistas em quadrinhos, dicionários, gramáticas... estou quase me perdendo em meio à tantas páginas...
Dedicatórias, que não são para mim, em livros comprados em Sebos. Dedicatórias em capas de discos da minha mãe, dedicatórias em encartes de CDs ganhos de amigos que não vi mais, que ainda vejo.
Livros de auto-ajuda, ganho de ex-alunos (aquelas coisas: "ela gosta de livro..." aí compra um Paulo Coelho da vida).
Cartas! muitas delas... junções de letras feitas especialmente para mim. Letras redondinhas, letras inteligíveis, letras de quem não está preocupado com quem vai ler. Letra da minha madrinha... letra do meu primeiro e único admirador secreto....
Um desenho de uma águia feito especialmente para mim: símbolo da Portela, símbolo do meu primeiro relacionamento sério... Feitiço de Áquila...
Tem história esse meu quarto...

Tudo isso ao som de Belle&Sebastian. Acho que se fosse chamar alguém para fazer a trilha sonora das histórias do meu quarto, das minhas histórias, ao contrário do que todo mundo acharia, não seria um samba do Paulinho ou mesmo do Chico (suspiros), eu certamente escolheria Belle & Sebastian, que eu defino como "melancólico feliz", afinal, nada melhor que um som "melancólico feliz" para histórias melancólicas felizes como as minhas...

segunda-feira, agosto 25, 2003

Atendo ao pedido do meu "redator chefe"

Eu só não sei quem é autora, se alguém souber me diz?

MEU NOME: MULHER

No princípio eu era a Eva
Nascida para a felicidade de Adão
E meu paraíso tornou-se trevas
Porque ousei libertação.

Mais tarde fui Maria
Meu pecado redimiria
Dando à luz aquele que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.

Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!

Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista, piloto de avião
Policial feminina, operária em construção.


Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é Competência
O meu nome é Mulher!!!

domingo, agosto 24, 2003

And I reminded myself of the words you said when we were getting on
(...) well it won't hurt to think of you as if you're waiting for
This letter to arrive because I'll be here quite a while
(Belle&Sebastian)


sábado, agosto 23, 2003

Escola de Samba

A roda de samba
a saia que roda
girando com a pomba
de negras mãos

A roda de samba
a saia que roda
o batuque de bamba
de negro chão

A roda de samba
a saia que roda
samba de saia
que tomba nas asas
da águia branca
e toma partido
voando alto
alegrando a tristeza
da escravidão.

Notícias que mais parecem ficção; e por isso, viram ficção.

-Pô, vai rolar uma excursão para Inglaterra. Tá a fim de ir?
- De repente.
- Tão falando aí que é para um festival numa rua de nome estranho em homenagem a uma banda de rock.
- banda de quê?
- Rock...
- Que isso?
- Sei lá. Pior é o nome da banda: bítous.
- Credo! Que nome. Mas é la nos Estates, então vamo, quem sabe a gente fica por lá e descola o tal do cartão grin.
E vamo todo mundo, já que é excursão.

Algum tempo depois:

- Pô, não avisaram que ia ter que cantar música. E o que é aquilo com nome japonês que os caras falaram? Ono qqcoisa...Eu lá ia saber que essa banda falava ou gostava de comida japonesa?
- Nem fale, e aquilo de Ringo que eles perguntaram? Ringo era uma bolacha que meu pai comprava.
- Não, seu burro, era comida de cachorro!
-...
- Andam falando que a gente saiu no jornal , será que tem foto?







sexta-feira, agosto 22, 2003

Na Estrada

Quando criança sempre perguntavam para mim o que eu gostaria de ser quando crescesse. Respondia várias coisas que pudessem contrariar a vontade dos outros. Sempre tive uma forte inclinação a contrariar as pessoas, queria mostrar que tinha vontade pópria. Quando as tias diziam: "ela desenha bem, vai ser desenhista" - eu retrucava imediatamente: "Não! eu quero ser médica!!!", ou quando falavam que eu daria uma boa médica, eu me recusava e escolhia jornalismo. E por anos, não posso negar, eu achava que queria realmente ser jornalista.
Contudo, um desejo meu jamais contei. Uma vontade que se iniciou aos quatro anos de idade, quando meu pai era dono de uma loja de móveis. Como minha mãe trabalhava ao seu lado e meu irmão já estava na escola, eu ficava na loja com eles. Fingia que vendia alguma coisa e brincava com o piano que por acaso apareceu na loja.
Um dia um caminhão veio buscar o piano e nesse momento começou uma grande paixão e uma grande tristeza. Eu olhei aquele caminhão e fiquei deslumbrada, apaixonada, encantada. Era enorme. Aos quatro anos tudo é sempre gigante ao nosso olhar, ainda mais para mim que sempre fui pequena.
Meu pai conversava com o motorista e eu segurava a barra da calça dele quando disse:
-Moço, deixa eu entrar?
Meu pai olhou muito feio para mim, imaginem, criança e ainda por cima menina, se metendo em conversa de adulto e querendo subir em um caminhão, é demais para a cabeça de um imigrante libanês, na época, com 71 anos.
O motorista do caminhão sorriu e pediu para que meu pai deixasse eu entrar. Colocaram-me lá dentro e eu fiquei brincando com o volante, me achando a caminhoneira. Achei que um dia eu teria um caminhão igual aquele.Contudo, logo em seguida, quando vi o piano sendo levado, chorei muito porque sempre achei que aquele piano era meu. Vi as minhas duas grandes paixões indo embora ao mesmo tempo.


Acabei fazendo jornalismo, frustrando-me com a superficialidade da faculdade e vendo que aquilo, definitivamente, não era pra mim. Acho que a escolha foi muito mais por causa da possibilidade de estar nas ruas, nas estradas, quase o tempo inteiro, em busca de novas matérias, do que com a profissão em si. Mas a internet e as agências de notícias chegaram muito antes de mim nas redações.

Deve haver gente se perguntando: mas ela não queria ser escritora, poeta, lançar um livro?
Isso nunca passou pela minha cabeça. Eu queria ser uma caminhoneira pianista. Detestava "Língua Portuguesa" no colégio e sempre fui péssima em gramática. Era boa em matemática e física, principalmente em Ondas Sonoras e Mecânica, calculando tempo, espaço e velocidade.

Artística?

Ontem um moço disse que a foto que está no meu msn messenger é artística. O engraçado é que essa foto é uma que a Fabi tirou quando veio a São Paulo, no dia em que o Edu chegou. Na original eu estou abraçada a ele e ele disse que eu estava com cara de quem acabara de acordar e me encontrava de pijamas.
A única coisa que fiz, foi tirá-lo (pois ele NÃO É MEU NAMORADO e eu me cansei de responder essa pergunta), e deixei em preto e branco (sei lá por quê, acho que foi para acentuar as olheiras, arte de muitos anos sem dormir). Mais engraçado ainda, foi o Rob dizer: "Ué, eliminar o Edu é artístico?"

Bom pessoas, aí está a fotinho para quem quiser colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto...


quinta-feira, agosto 21, 2003

Sim

Sim, fui ver pela terceira vez o documentário do Paulinho. Foi engraçado o moço que estava ao meu lado me chamar e dizer:

- Desculpa, mas não pude deixar de notar. Quantas vezes você já viu esse documentário?
- Três.
- Ah, por isso sabe todas as músicas...
- Não, eu já conhecia todas elas, com exceção de "Conflito" que o Zeca canta.
- Nossa, você não tem cara de quem gosta de samba...

Essa não é a primeira vez que me dizem isso, já falaram que é extremamente engraçado eu gostar de samba e, principalmente, saber sambar.
Eu sou branca, quase translúcida, tenho olheiras e tenho uma predileção por roupas pretas. Todos juram que sou gótica ou Indie (tô mais pra índia).
Percebo, então, que meu amor é assim, nunca parece. Eu não sei mostrar que amo e quando amo, as pessoas acham "engraçado" eu amá-las...

Voltei para casa pensando nisso e um elegi um novo samba-enredo para minha vida amorosa (acho que não falei, mas o anterior era "Tristeza pé no chão" de Armando Fernandes "Mamão"- na voz de Santa Clara Nunes). Com vocês, pessoas, "Sim" de Cartola e Martins.

Sim

Sim,
Deve haver o perdão
Para mim
Senão nem sei qual será
O meu fim

Para ter uma companheira
Até promessas fiz
Consegui um grande amor
Mas eu não fui feliz
E com raiva para os céus
Os braços levantei
Blasfemei
Hoje todos são contra mim

Todos erram neste mundo
Não há exceção
Quando voltam a realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira

quarta-feira, agosto 20, 2003

Coldplay, sorry!

Então dona Fulana (sem link que tô com preguiça), vai rolar não...

Ingresso caro, meninos melosinhos demais e acho que a greve da minha faculdade vai enrolar minha vida na primeira semana de Setembro.

terça-feira, agosto 19, 2003

SID, FELIZ ANIVERSÁRIO!

domingo, agosto 17, 2003

Meu novo ídolo


Coldplay, será?

Dona Fulana quer ver os meninos melosinhos. Tá dia 03/09 no site do Via Funchal.
Mas tá caro, hein? Pago meia, mas ainda acho caro, afinal, sou baixinha demais pra ficar na pista, nem vou aproveitar o melhor da banda: os rapazinhos bunitinhos.
Menino Experimental disse que não vai.
Preciso me decidir até amanhã, quando vão começar a vender ingressos e meia entrada esgota rapidinho.
Ó dúvida cruel. Bem que poderia ser o Radiohead, né? Aí eu não teria dúvida alguma: IRIA!

Conversa inspiradora


-Parei com as drogas. Estou tentando parar de beber e se der certo, paro com cigarro.
- Morreu, né? Já não faz sexo, é hetero, vai ficar sem fumar e sem beber também?
- ...



quinta-feira, agosto 14, 2003

(im) Possível

"Meu amor eu não me esqueço
Não se esqueça por favor
Que voltarei depressa
tão logo acabe a noite, tão logo este tempo passe
Para beijar você"

(Paulinho da Viola - "Para um amor no Recife")


Essa música me lembra um conto que li há exatos dois anos em que o protagonista era um velhinho de 90 anos que amava sua esposa. Os dois eram escritores numa época em que o papel já não existia mais. A esposa, uma poeta, estava em Recife. O velhinho, um contista, dava uma entrevista para uma apresentadora de TV maluca.
O conto era delicioso e eu quis ser a poeta que estava em Recife e sendo esperada por seu amor.

Paixão Sexagenária

Casablanca fez 60 anos esse ano. Paulinho da Viola fez 60 anos no ano passado.
Eu assisiti milhares de vezes Casablanca, tenho alucinações com o Bogart de Rick Blaine e fico cantando "As time goes by" todas as vezes que vou ao aeroporto.
Ouço Paulinho da Viola pelo menos uma vez por dia e já assisti duas vezes o documentário e se bobear vou assistir uma terceira. Sabe como é, eu fui em duas pré, mas ainda não fui ver depois que estreou. E nem achei o documentário maravilhoso, mas é sobre o Paulinho e sendo sobre o Paulinho, eu gosto e nem ligo pra Marina estragando "Para um amor no Recife", vejo o lado bom: não convidaram o Zé Ramalho que conseguiu fazer uma versão pior que a dela para essa música tão linda.
Acho que os sexagenários exercem um efeito sobre mim, afinal, papai me fez quando ainda era sexagenário, tá certo que já estava perto dos 70, mas ainda na casa dos 60.
Ai ai... só espero que esse efeito não me faça seguir os passos de mamãe que também deveria ter uma quedinha pelos sexagenários, afinal, casou um. Ah, mas se for um "Príncipe Sexagenário" como o Paulinho ou um Rick Blaine sessentão...

Hum, acho que preciso parar de conversar com a Fulana sobre paixonites por velhinhos...

quarta-feira, agosto 13, 2003

Aliás, o post antererior...:

Aliás, o post anterior foi inspirado numa conversa na casa de um amigo, sábado. Aliás, a do Indie, é de co-autoria de Pedrinho S.- Aliás, ando falando muito dele nesse blog, será que ainda estou sob o efeito da cabeça (ui!)?

Ah, aliás, qualquer semelhança com a minha pessoa é pura MENTIRA! Qualquer comentário me reconhecendo entre um dos retratados eu não apago, mas nego.

E, aliás, eu sempre quis usar uma seqüência idiota de "aliás".

Conversando...



Conversando com um Indie:

- Ah, aquela música do Belle & Sebas...
- Nem, tem uma banda da Ucrânia que faz uns experimentos com eletrônico dos anos 80 da Alemanha Oriental que é muito mais legal.
- ????...

Conversando com um Intelectual:

- Estou lendo Focault, "A microfísica do Poder", achei leg...
- O problema dos Focaultianos é que estabelecem a subjetividade acima de qualquer coisa e deixam de lado a objetividade que é a principal busca da ciência, tirando da Humanas a categoria de ciência, elevando o micro e desprezando o macro. Isso é um problema, pois o academicismo vai se distanciando demais da realidade, conseqüentemente do objeto de estudo.
Eu, na minha modésta opinião, prefiro trabalhar com o paradigma marxista, mas os estruturalistas também me chamam a atenção, embora o materialismo seja a minha linha de trabalho.
-????? ...

Conversando com especialista em MPB:

- Puxa, ouvi o Chega de Saudade do João Gilberto e...
- Mas você ouviu em vinil, né? Relançaram em CD, mas ficou uma merda, o próprio processou a gravadora. Esse disco é para ser ouvido em vinil, a remixagem não faz jus ao trabalho do João. Você não percebe a genialidade dos arranjos e as maravilhas que ele fez. Não é à toa que qualquer músico de boa qualidade cita "Chega de Saudade" como a inspiração para que eles se tornassem músicos, ou cantores. Tom Zé entrega à bossa-nova, sobretudo, Chega de Saudade e João Gilberto, a posição de marco até na economia brasileira. Segundo ele de exportadores de matéria-prima, após a gravação da música e do disco do João, nos tornamos exportadores de Arte. Ou seja, passamos de um país subdesenvolvido produtor de café, para produtor de Arte da melhor qualidade.
-????....

Conversando com um filósofo:

-Estou com uma dúvidas sobre a existen...
- Está lendo Sartre? Vá buscar também os pré-socráticos, principalmente Parmênides e Heráclito. O Existencialismo nada mais é do que a junção da estagnação defendida por Parmênides, na questão do ser que é, sem qualquer predicativo, pois a vida é como um círculo e sempre voltamos a essa questão do "o que é", com o movimento, o devir, defendido por Heráclito, em que o ser nunca é, nem será, nem foi. O passado não existe mais, o futuro ainda não se concretizou e o presente é um divisor de nadas e o seu olhar muda a cada momento. A famosa frase: "Não passarás no mesmo rio duas vezes"- pois você não é mais o mesmo, nem o rio. Sarte junta essas questões, pois, o ser não tem essência, como defendia Heráclito, sobrando apenas a existência, a questão do que é, que se faz no outro apenas. Somos, portanto, aprisionados na forma, sem essência, e submetidos ao olhar dos outros que nos tornam existentes para eles da forma que nos exergam.
- ????.....

terça-feira, agosto 12, 2003

Massive Attack

Acho que eu gosto de "massive attack", mas para ter certeza, preciso ouvir um álbum inteiro. Alguém sabe me dizer qual o melhor?

Lady Zu

Eu tenho um disco com a Lady Zu cantando.
Só não sei porquê eu me lembrei disso agora...
Ah, lembrei! Acho que falei com o Menino Experimental sobre ela.

Recados


Superid, estou com muita, muita, muita, saudade!

Lica, seja muito bem - vinda!

"Devo adimitir que sou réu confesso
E por isso eu peço, peço pra voltar.
Longe de você já não sou mais nada
veja, é uma parada
Viver sem te ver "

(Tim Maia - "Réu confesso")


O Diário de BV

Tá, eu não tenho um Hugh Grant me sacaneando nem me pedindo pra voltar pra ele. Também nunca ouvi nenhum cara bonitão, como aquele outro lá que eu esqueci o nome, dizendo que gosta de mim do jeitinho que eu sou.
Pelo menos eu não faço sopas azuis. Isso é uma vantagem.

Por que estou dizendo isso? Simples! Comecei a fazer regime, apesar de ter emagrecido, quero perder mais 5 kgs.
Também estou parando de beber e se tudo der certo quero parar de fumar.
Esse último será mais difícil. Ô vício maldito! Só consegui parar uma vez, quando estava apaixonada e namorando um não fumante.
O que amor não faz...

domingo, agosto 10, 2003

Sem título.
A dificuldade de falar de você é a mesma da de não falar. Afinal, como não dizer que é o homem mais forte, mais corajoso que já conheci?
Como não citar a pessoa que marcou minha vida e me fez ter a lembrança mais remota, aos dois anos de idade.
Lembro-me nitidamente quando foi carregado de casa, tirado de mim daquela forma tão brutal. O meu irmão gritando que estava morrendo e eu olhando na janela você sair, carregado.
Ali aprendi que as pessoas vão embora e me fariam chorar e sofrer por isso. Aprendi que deixá-las longe é mais fácil. E você também fez isso comigo. Tentou afastar-me, se fez indiferente e cruel muitas vezes.
Contudo, não me afastei, porque lembro de um mês mais tarde algo que o fez chorar, mostrando que, apesar de toda a dureza, toda a rigidez, é um homem sensível também. Eu corri batendo palmas e cantando: "papai chegou do hospital" e lembro das lágrimas no seu rosto ao me pegar no colo.
Nesses últimos meses, essas lembranças voltaram. Em Dezembro você caiu no banheiro, sua idade não permitia isso e eu e meu irmão nos vimos carregando no colo, como você fazia conosco, o homem mais forte do mundo. Janeiro e Fevereiro foram meses terríveis, sua mão segurando a minha e sua boca me dizendo para eu cuidar de mim, porque não poderia mais fazê-lo. E de repente, tivemos que cuidar não só de nós, mas tanto de você quando da minha mãe.
Eu me senti tão sozinha e ao perceber minha solidão, sua melhora veio rápido e eu pude cantar e bater palmas de alegria porque meu pai havia sarado e você me abraçou e disse para que eu ficasse calma, pois minha mãe iria melhorar também.

Por isso, hoje, eu só quero dizer: Obrigada!
Obrigada, pai, por ter sido sempre meu pai, pois mesmo não sabendo o que é ser pai, já que nunca teve um e constitui a sua família tarde, tendo seu primeiro filho aos 65 anos e sendo 67 anos mais velho do que eu, nunca quebrou a relação pai e filha. Foi difícil, somos tão iguais e tão distantes em gerações. Batemos de frente muitas vezes. Mas ao menos, nunca deixei de vê-lo como pai e saber que nos seus olhos há um orgulho de pai pela sua filha.
Obrigada mais uma vez por nunca me deixá-lo ver como um homem e assim poder amá-lo sempre.

Conversa instrutiva

-Nice, essa é pra você colocar no blog.
-Fala aí, Sid.
- Todo gay tem uma ligação com duas entidades mitológicas. Uma grega: Narciso; outra africana: Oxum.
- Eu sou filha de Iansã com Xangô.
- Isso é coisa de lésbica.
-Hã?

(Cada dia fico mais em dúvida sobre a nomenclatura que os meus amigos me dão. Ora é HT sem noção, outra é Gay, porque tbm faço "carão" no conjunto nacional e gosto de homem, depois lésbica. Mas no fundo, no fundo, acho eu, que sou um travesti baixinho)

Pós-Gay... Pós-Hetero(?)

Vocês irão notar que Pedrinho agora é menino que faz experiências, é Menino Experimental.

Entrem no blog do menino que eu pedi em casamento no sábado só por causa da sua nova cabeça (ôpa), quero dizer, do seu novo cabelo.

Pós Gay

Hum... se ele aceitar, será que eu me torno Pós-hetero?

sábado, agosto 09, 2003

Minha Pátria é a língua Portuguesa

Pessoas é tão maravilhoso que elegeu uma língua para ser sua Pátria. O mais impressionante é que, apesar de ter o Inglês como língua falada durante a infância e adolescência (saiu muito cedo de Portugal), escolheu o português. Talvez, se tivesse escolhido o Inglês, estivesse, hoje, encabeçando as listas dos maiores poetas de todos os séculos. É o que acontece, por exemplo, com o nosso Machado de Assis que começou o romance moderno, antes que as vanguardas iniciassem na Europa e não é incluído em qualquer lista feita peles europeus.
Iniciou a escolha por um narrador em primeira pessoa que colocasse em dúvida o que é narrado, entregando a nós, falantes da língua portuguesa, a grande dúvida se Capitu traiu Bentinho ou não. E, como é um grande escritor, transformou a traição em apenas uma forma de ler o livro, que traz nas entrelinhas inúmeras qüestões. E falo apenas de um dos seus romances.
Nós falantes da língua portuguesa temos, portanto, o privilégio de fazer parte da Pátria de Pessoas, de Machado e de tantos outros escritores que fizeram de sua Pátria, a língua, um melhor lugar para se viver.
Mas além do privilégio de habitar entre os grandes, temos o privilégio da saudade e é dela que quero falar.
Saudade, os povos de outras Pátrias, outras línguas, tentaram tirá-la de nós dizendo que pode-se traduzir para seus idiomas essa palavra que é de difícil tradução até pra nós que sabemos tanto o que é, mas não nos demos conta das tantas coisas que pode ser.
Saudade pode ser também uma lembrança do passado, mas não descarta a possibilidade de ser uma aspiração futura.
Hoje, minha saudade se confunde entre as lembranças passadas, aspirações futuras e a estagnação do meu olhar sobre o meu mundo e minha casa. Sinto saudade de uma casa que nunca vi, em que nunca estive e não sei bem ao certo como é, mas sei que é a minha casa. É como Álvaro de Campos em seus poemas "Lisbon revisited", (1923, 1926), saudosista em seus primeiros trabalhos, ao revisitar o Tejo e não enxergar o Tejo de outrora, muito menos o Tejo de agora. Lisboa não era sua casa, embora fosse, minha casa não é minha casa, embora seja. O Brasil não é minha Pátria, apesar de ter nascido aqui. O Líbano também não é, embora eu tenha traços muito mais libaneses que brasileiros.
E eu crio uma História para mim, como os escritores portugueses criaram para Portugal, que não é a realidade, mas sinto saudade e vivo das lembranças dessa História tal qual Portugal sente falta de seus grandes feitos realizados apenas nas páginas da literatura, sobretudo, nas dos "Lusíadas" de Camões.
Espero a volta de um Dom Sebastião que nunca fez nada por mim, que já morreu, mas que sempre será o grande Imperador do meu Império de Sonhos, habitando meu castelo de cartas.
Ao menos, minha Pátria é principalmente a língua portuguesa e nela impera grandes reis com grande feitos originados em simples junções de palavras. E essa saudade é orgulhosa e tem razão de ser.

Então, pessoas...

Muito frio, chuva, dia cinza de todo. Assisti de novo Monstros S.A, não fiquei pra assistir de novo "Cronicamente Inviável", nem "1900". Talvez vá assistir de novo "Último tango em Paris", quem sabe "O Fabuloso destino de Amelie Poulain".
Esses dias frios me fazem lembrar que eu preciso começar a comprar filmes para dias frios e chuvosos e não só filmes para TPM. Porque nesses dias frios, dá preguiça de ir à locadora e nem sempre tô no pique para comédias românticas, dramas românticos ou qualquer coisa romântica.
Hoje por exemplo cairia bem um "Apocalypse Now", um "Cidadão Kane", ou então uma comédia, sei lá, "A vida de Brian", ou um Monty Pynthon que não seja "Herói por acaso".

sexta-feira, agosto 08, 2003

Gente boa é gente morta!

Pois é, seu Marinho morreu. Ou melhor, o jornalista Roberto Marinho. Melhor ainda: O "Cidadão Kane Brasileiro" - aliás, o documentário "Muito além do Cidadão Kane" feito por uma brasileira para a TV Britânica, continua proibido no Brasil e fala sobre o próprio.
Morreu e agora tornou-se o melhor homem do mundo. E a Globo o grande feito desse homem maravilhoso.
Bah, apesar de ter comemorado e brindado sua morte, ao lado de amigos, aliás, se eu não me engano, um almoço foi marcado para comemorar ainda mais, enquanto ele estava vivo, ele era a "erva ruim que nem a geada leva" e isso até que era bom. Agora, virou santo, porque todo mundo que morre vira santo.

Será que quando eu morrer vão dizer que eu era uma grande escritora e poeta?

quarta-feira, agosto 06, 2003

"Quero morrer numa batucada de bamba
Na cadência bonita do samba"


(Ataulfo Alves/Paulo Gesta/ Matilde Alves - Cadência do Samba)

terça-feira, agosto 05, 2003

O Jogo da Amarelinha:

Eu vivo falando desse livro, vivo falando desse capítulo, então vou deixá-lo aqui para quem quiser ler o melhor beijo de todos. Eu ia colocá-lo no original, que fica melhor ainda, mas em português também é bom. Se alguém quiser no original, eu mando por e-mail:

Capítulo 7

Toco a sua boca, com um dedo toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a sua boca se entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha mão escolheu e desenha no seu rosto, e que por um acaso que não procuro compreender coincide exatamente com a sua boca, que sorri debaixo daquela que a minha mão desenha em você.



Você me olha, de perto me olha, cada vez mais de perto, e então brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam uns dos outros, sobrepõem-se, e os cíclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se no seu cabelo, acariciar lentamente a profundidade do seu cabelo, enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragância obscura. E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu sinto você tremular contra mim, como uma lua na água.

Júlio Cortázar


Retirado daqui.

Pessoa boba!

Hoje estava ouvindo "Tem que Rebolar" com a Elza e o Ney e bateu uma saudade enorme, se eu não fosse uma pessoa que já começa a se requebrar quando ouve um batuque, acho que já ia começar a chorar.
Lembrei do dia que estávamos ensinando o Frank a dançar samba.


domingo, agosto 03, 2003

Tudo indo e voltando

Dia regado a choro, aeroporto, avião. Regado a sorrisos tristes, embarques, gente famosa, gente querida, gente que vai, gente que chega.
Dia verde. Tempos que foram regados, todos os dias.
Dia de ir.
Dia de encontros, reencontros, desencontros. Dia de notar, perceber, correr. Dia verbal, gestual.
Dia rosa. Flores de todas as espécies. Girassóis.
Dia de se importar.
Amanhã tudo volta. É dia de recomeçar.
Dia de voltar.

Percebi que pessoas importantes me fazem sair de casa aos domingos


sábado, agosto 02, 2003

Discriminação

Recentemente um casal foi expulso do Shopping Frei Caneca em São Paulo por estar se beijando.

Se você ler essa notícia, assim como está em negrito, com certeza ficará indignado, horrorizado e achará um absurdo, pois a todo momento vemos casais se beijando em Shoppings, Cinemas e outros estabelecimentos comerciais.
Contudo, se você ficar sabendo que é um casal homossexual, a coisa muda de figura.
Será que os meninos que gostam de meninos, meninas que gostam de meninas, não têm o mesmo direito que nós heteros? Pois a resposta é SIM! Direito esse, garantido por lei, como vocês podem ler aqui. Em São Paulo as práticas discriminatórias em razão da orientação sexual, como a expulsão do casal, é proibida sob regime de pena.

Alguns grupos estão organizando para amanhã um manifesto contra esse ato discriminatório. Vou colocar aqui o texto que me foi passado:

GRUPOS GAYS DE SÃO PAULO
ORGANIZAM BEIJAÇO DOMINGO NO SHOPPING FREI CANECA

Depois da expulsão de um casal gay - um publicitário e outro jornalista - do
Shopping Frei Caneca, em São Paulo, por causa de um inocente e despretensioso
beijo, grupos de defesa dos direitos civis dos homossexuais da cidade
decidiram dar o troco: acontecerá no próximo domingo, 3 de agosto de 2003, um
BEJIJAÇO na praça de alimentação daquele centro de compras.

O que é um beijaço? É um movimento organizado, já realizado em outras cidades
do país e do mundo, visando combater a homofobia, tal como este ato de
preconceito aos homossexuais ocorrido no Shopping Frei Caneca. Vários
estabelecimentos comerciais já tiveram de enfrentar um Beijaço, para aprender
a tratar o público gay como merece: normalmente, isto é, como trata a todos
os demais heterossexuais. "Só vamos mostrar o rosto, no dia em um beijo não
for motivo de uma entrevista", respondeu um dos envolvidos ao jornalista da
TV Bandeirantes que o entrevistou. A idéia do beijaço foi de Lula Ramires,
presidente do grupo CORSA de São Paulo.

"Somos a maioria dos consumidores do Shopping Frei Caneca. E eles ainda se
acham no direito de nos expulsar por causa de um beijo? Além do mais existe
uma lei estadual que classifica isso como ato de discriminação, e que pode
multar o shopping, e até fechar suas portas", afirma o escritor Stevan F
Lekitsch, assíduo freqüentador do shopping.

O casal expulso tomou as providências concretas, chamando a polícia na hora e
abrindo um boletim de ocorrência, a fim de configurar o ato de discriminação.
Prometem ainda processar o shopping. E agora, os grupos gays da cidade se
mobilizam para fazer cumprir a lei anti-discriminação (Nº 10.948), já
sancionada pelo Governador Geraldo Alckmin.

Para particpar deste Beijaço contra a discriminação, basta comparecer á Praça
de Alimentação do shopping (Rua Frei Caneca, 569) às 17 horas do Domingo, dia
3 de agosto de 2003.

O Beijaço é uma iniciativa dos grupos:


CORSA - Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor ? São Paulo
ELES - Encontro Liberdade Expressão e Sexo Seguro ? Santo Amaro, SP
PRISMA ? Grupo de Diversidade Sexual ? ligado ao DCE-Livre da USP